Não adianta ter um porto moderno sem acessos compatíveis. A constatação é do ministro Edinho Araújo, da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), e foi feita em encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no início desta semana. Questionado sobre os gargalos provocados por uma logística fora dos padrões mundiais, ou seja, sem a intermodalidade de ferrovias, rodovias, hidrovias, o titular da SEP lamentou que as hidrovias não estão ligadas à sua pasta, e sim ao Ministério dos Transportes. Lamentou, ainda, o abandono em que se encontram as ferrovias brasileiras. “Tornamos-nos um país rodoviário”, criticou.
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A apresentação do ministro dos Portos na Fiesp
Para ele, o Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado no dia 9 último, vem corrigir as muitas distorções dos modais. O ministro destacou que é inconcebível um aís com uma costa oceânica de mais de sete mil quilômetros, por exemplo, ter como principal transporte de suas cargas os caminhões. “Tirar caminhões das estradas é sempre bom. O transporte de carga é mais seguro em trens e navios”, defendeu. E acrescentou: “Em outros países, o caminhão é usado para pequenas distâncias.”