A lentidão do ministro dos Portos Edinho Araújo para definir a situação das atuais diretorias das Autoridades Portuárias tem acrescido marasmo à indesejável astenia que acomete o setor por conta da herança centralizadora, e vícios inerentes, da Lei 12.815/2013. Se analisadas como organizações produtivas, as Autoridades Portuárias seguem sem metas e, obviamente, não atingem resultados.
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Com efeito, os portos encontram empecilhos para levar a cabo seu papel de formação de capital. Perde a economia. O governo, ao buscar o objetivo de eficientização dos portos por meio de sua modernização, não tem dado a devida atenção aos inexoráveis impactos locais e regionais. Paradoxalmente, eles ocorrem de modo negativo para a quase totalidade das regiões portuárias, principalmente o que tange a fixação da riqueza na região; bem diferente de uma mera mudança administrativa. É preciso ter claro que para a região portuária, o porto é uma atividade-fim e não apenas um elo.
Por conta da significativa extensão da costa brasileira e a importância dos portos para redinamizar a economia de suas regiões com projetos de atividades relacionadas ao porto, esse relacionamento regional deve abranger todos os níveis: estratégico, político e operacional. Por óbvio, e na atual conjuntura, aumentar a eficiência e a produtividade é o caminho mais suave para se estabelecer o almejado equilíbrio fiscal, sem realizar cortes desnecessários e inconvenientes. Debater esse processo para se buscar entendimento das ações necessárias e promover a convergência de interesses das diversas partes da sua comunidade, na construção de Administrações Portuárias mais proativas, concorre para que seus negócios se estendam além das fronteiras.
Nesse cenário é importante a identificação da competição intraporto como uma meta essencial. Com a visão de que a produtividade portuária tem raízes na Autoridade Portuária, Portogente, no dia 4 de maio próximo lança o Fórum: Autoridade Portuária para os portos do Brasil.