Smartphones, como já disseram, é até telefone. Entre seus múltiplos papéis, podemos destacar os de mini computador, câmera fotográfica, calculadora e tantos outros que fazem parte do dia a dia de bilhões de pessoas pelo mundo. Convenhamos, vivemos uma fantástica revolução social, que possibilita maior agilidade na realização de coisas e aproximam mais as pessoas, na construção da Aldeia Global, termo criado pelo filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan, em seu livro Galáxia de Gutenberg, em 1962.
É na China que se concretiza mais um papel, e dos mais revolucionários, dos populares smartphones. Os mágicos dispositivos viraram dinheiro e estão eliminando as notas e moedas que estão desaparecendo das principais cidades chinesas. E nesse processo de substituição de dinheiro, também irão desaparecer os conhecidos cartões de crédito.
Dá para imaginar a velocidade com que essa mudança vai se dar em toda China e também irá se espalhar pelo mundo, impulsionada pela força do comércio. Sob a ótica de inovação, essa será especialmente marcante. Globalmente falando, as pessoas passarão a utilizar apenas uma moeda para viajar mundo afora: smartphone. As casas de câmbio sumirão do mercado.
Estima-se que até o final deste ano o pagamento móvel na Chima, com o dispositivo, alcance a cifra de US$ 6,5 trilhões. O ato de pagar é como fazer a leitura de QRCode, os conhecidos códigos de barra para leitura com telefones celulares. Acompanhando essa evolução tecnológica, os artistas de rua na China também estão usando placas com QRCode para recolher as gorjetas por suas apresentações.
Uma economia com moeda totalmente digitalizada em smartphones e operando Bitcoins (a moeda virtual) como câmbio internacional, utilizando a tecnologia do Big Date para processar grandes volumes de dados, é o anúncio da chegada de um Mundo Novo. Entre esta realidade tecnológica e a pobreza socioeconomicamente sob risco, das favelas e lixões, existe um vale desafiador. O sucesso da sua travessia vai depender do grau de solidariedade cultivado por essa sociedade nascente.