Domingo, 07 Julho 2024

Propalar que a reforma política é panaceia para os males que desequilibram o País contribui para ensombrecer, ainda mais, o entendimento dos caminhos para se sair de um estado incapaz, cujo presidente vem sendo arrastado ao abismo por denúncias e escutas graves, envolvendo-o em corrupção, formação de quadrilha e de criar embaraços às investigações da Justiça. Alardear que o sistema político brasileiro está na raiz das crises a que temos assistido, como vemos setores hegemônicos atingidos pela Lava Jato, nada mais é que uma tentativa de desviar o foco do caso Temer e de descriminalizar o caixa 2 e a prática da propina. Convenhamos, as prioridades do Brasil são outras.

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É preocupante ver importantes setores produtivos nacionais perdendo investimentos significativos e oportunidades preciosas, por tratar novos paradigmas sob óticas anacrônicas. Como recomenda o baiano e professor de Havard Roberto Mangabeira Unger: “É preciso mudar o foco do debate nacional.” Bem diferente de fazer mera reforma política casuística.

Organizar o Brasil é dar rumo por meio de estratégias calcadas na capacitação e produtividade, com um Estado, nem mínimo e nem máximo, mas necessário, para mobilizar o fantástico potencial produtivo do seu povo e das suas micros, médias e grandes empresas, como um processo de produtividade do capital, na construção do desenvolvimento. É fácil perceber que essa mobilização nacional necessária e suas possibilidades são bem distintas do que se atribui às conquistas, ainda incertas, mas que se mostram frágeis, atingidas neste primeiro ano do governo Temer.

Um fato que expõe a crise de liderança que vive o Brasil, por conta de um governo conduzido por um presidente isolado e sem interlocução com o mundo, foi o seu diálogo mais expressivo com Donald Trump ter ocorrido por telefone, para se explicar sobre o caso da Carne Fraca. O que esperar dessa situação tão precária para um país emergente como superpotência econômica e que precisa se posicionar em um mundo em constante mudança, com explosivo crescimento da tecnologia e de relações internacionais valorizadas?

Com certeza não é a substituição do ministro da Justiça por um aliado com trânsito em tribunais, e com maior capacidade de negociar a permanência do presidente Temer no cargo, a melhor solução que se espera para a crise que assola o Brasil. Indubitavelmente, a intolerância popular vai se acirrar e a crise continuará crescendo a cada dia, adiando ainda mais as possibilidades construtivas e um melhor atendimento ao interesse nacional.

Como diria o mestre Ulysses Guimarães, em política como em nuvens no céu, há mudanças imprevisíveis. No entanto, como a baixa popularidade e o "Fora Temer" vêm de antes da gravação da JBS que agravou sua situação, é inevitável a vacância do cargo de presidente do Brasil, antes mesmo do fatídico mês de agosto.

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