Assim como o universo se move, também as tendências na Internet se alteram. Contrariando até previsões balizadas como a de Tim Berners-Lee, o inventor da web que não vislumbra superação do site pelo aplicativo, as redes sociais estão perdendo posição para os aplicativos de mensagens. WhatsApp está ultrapassando o Facebook em visitação e , por reflexo, nos negócios.
Não existem dados confiáveis sobre por que os seres humanos estão menos entusiasmados com as redes sociais hoje do que há alguns anos. Mas as chances são que tem a ver com a fadiga de viver em uma gaiola pública, irritação com a crescente quantidade de publicidade invasiva. Se a razão for a publicidade, há que se reinventar como ganhar dinheiro com a Internet.
Outras tantas hipóteses não respondem ainda essa inesperada reversão de tendência dos internautas. Por exemplo as preocupações de privacidade, prevalência de conteúdo de baixa qualidade e o potencial de ser confrontado por atos perturbadores de streaming de vídeo.
É inevitável que a continuidade de transferências de internautas da rede para os aplicativos vai levar os anunciantes descobrirem que algo está errado com a plataforma que estão pagando. Quando o modelo de rede social baseado em anúncios é desafiado - ou mesmo antes disso - o Facebook será forçado a cobrar por suas ofertas de mensagens. Isso pode minar a qualidade desses produtos, como se supõe que a publicidade fez com as redes sociais.