O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca, em evento no Rio de Janeiro, falou sobre a participação do modal aquaviário em relação à matriz de transportes nacional, exportações e importações, e traçou um panorama sobre a evolução do número de embarcações e da idade média dos navios brasileiros, no período 2010/2015. "O crescimento da frota nacional é perfeitamente justificável pela intensa demanda da Petrobras, principal contratante no segmento de exploração de óleo e gás, cenário que, desde 2015, vem sofrendo uma reversão", apontou.
O diretor destacou os avanços na regulação da navegação de apoio marítimo, notadamente devido à sistematização dos afretamentos, a partir da implementação do Sistema de Afretamento da Navegação Marítima e de Apoio há três anos, “o que conferiu transparência e impessoalidade à análise e permitiu a desburocratização de procedimentos”.
Fonseca levantou algumas considerações com relação ao cenário atual de crise, em razão da diminuição dos investimentos na exploração de petróleo, a redução da quantidade de sondas de perfuração em atividade, a postergação de projetos exploratórios e a concentração nas atividades de produção. O diretor da Agência externou, ainda, a falta de perspectiva em relação aos próximos dois anos de aumento da frota nesse segmento, mas esclareceu que a Agência vem desenvolvendo tratativas junto à Petrobras no sentido de minimizar o problema e auxiliar o mercado no equacionamento desse momento delicado.