Os empresários paulistas, comandados pela federação da categoria (Fiesp), após reunião com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, no início desta semana, em São Paulo, defenderam que o modelo para concessão seja o de menor preço, com garantia de qualidade do serviço. Também reafirmaram que são contra a outorga onerosa. Para usar uma imagem bem na moda ultimamente no País, os donos do capital paulista afirmaram que a outorga onerosa faz “entrar uma bolada” nos cofres do governo, mas “quem paga o pato, durante décadas, é o usuário”.
Para o setor, um exemplo disso é o alto preço pago nos pedágios em estradas de São Paulo. O Ministro anunciou que as concessões de estradas federais seguirão a modalidade de menor preço.
Oliveira se agradou do encontro empresarial que teve como discussão de temas de infraestrutura. No governo, disse, a infraestrutura é vista como um dos pontos principais, que podem colaborar para a retomada da economia. As concessões, segundo o ministro, não têm como objetivo a arrecadação. Com elas, o governo quer criar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país. “O objetivo é ter projetos bem estruturados, para melhorar a infraestrutura.”
Para não perder a oportunidade, os empresários fizeram coro contra qualquer aumento de impostos, dizendo que elevar a carga tributária esfriaria ainda mais a economia. O ministro do governo interino deve levar para Brasília um modelo de economia que quer a indústria paulista. Se isso é consenso ou não no resto do País, é outra história.
