Em assembleia no dia 28 último, os estivadores de Santos e região aprovaram greve de 24 horas, nesta sexta-feira (1º), contra a falta de proposta do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) para renovação do acordo coletivo de trabalho na data-base de março.
O presidente do sindicato, Rodnei Oliveira, ponderou que o edital publicado pelo Sopesp na semana retrasada, abrindo vagas para vínculo de 60 avulsos, não tem respaldo jurídico. Segundo ele, os operadores não podem aumentar de 50% para 66% o número de vinculados porque o processo julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), permitindo essa paridade, ainda não transitou em julgado.
O sindicalista disse que o ministro chefe da casa civil da presidência da república, Eliseu Padilha, explicou ao presidente da federação nacional dos operadores portuários (Fenop), Sérgio Aquino, em audiência na capital federal, semana passada, que os empresários não podem aplicar o acórdão do TST enquanto o processo não transitar em julgado.
Engodo
O dirigente diz que o vínculo empregatício proposto pelos operadores “é um engodo. Quem ouve falar na correlação de 50% entre vinculados e avulsos pensa que os operadores levaram metade dos 4 mil estivadores para o vínculo, mas não é nada disso”. E prosseguiu: “Na verdade, eles levaram metade do trabalho para o vínculo, mas empregaram apenas 250 trabalhadores, do total de 4 mil. Agora, pretendem vincular mais 60 e deixar os demais avulsos sem trabalho, em estado de miséria."
