Em decorrência dos maus e poucos investimentos em infraestrutura logística, o País paga pela ausência de políticas públicas direcionadas à logística no longo prazo. O apontamento é do diretor executivo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), Cesar Meireles. Para ele, dispomos ainda de uma matriz de transportes desbalanceada onde o Brasil ainda tem elevada dependência do modal rodoviário, com 67%, enquanto que, apenas 18% da sua matriz dispõe de infraestrutura ferroviária, 11% no modal aquaviário, e 4% distribuídos nos demais, entre estes o duto e o aeroviário.
Como salienta o executivo, o Brasil dispor de nove órgãos cuidando da logística no Brasil, onde todos tratam de um mesmo conjunto de coisas relacionadas. "Aprendi desde sempre que cachorro que tem mais de um dono, morre de fome”, afirma. “Como disse, o Brasil investe pouco e quando o faz, faz com baixa competência e qualidade."
Meireles enxerga que o momento é de realizar trade-offs, buscar primoramento de gestão, estudar e aportar melhores bases tecnológicas. “Tratarmos de ouvir ainda mais nossos clientes, e junto com eles desenharmos melhores modelos, alcançando cada vez mais em eficiência operacional."