O presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço, diz que causa estranheza “a insensibilidade como o poder público vem tratando a questão dos terminais que operam granéis sólidos de origem vegetal no Corredor de Exportação do Porto de Santos”. Ele explica que a Prefeitura de Santos alterou a Lei de Uso de Ocupação do Solo para impedir a atividade na área da Ponta da Praia, sugerindo que os terminais sejam transferidos para a área continental do município, pouco povoada. Todavia, prossegue o empresário, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar suspendendo a lei municipal que proíbe as operações.
Lourenço critica: “Com isso, os moradores dos bairros próximos, Ponta da Praia, Macuco, Estuário, Aparecida, Embaré e Boqueirão, que estão densamente povoados – inclusive, com prédios de alto padrão – sofrem as consequências da emissão de partículas e do odor que resultam da armazenagem e da movimentação de grãos e farelo nos terminais especializados, além da poluição sonora. Sem contar os caminhões carregados que costumam derramar pelas ruas grãos, que atraem roedores, pombos e insetos transmissores de doenças.”