Mais de 3.500 consultas já foram feitas aos editais com as regras do próximo leilão de arrendamento de seis áreas portuárias no Pará, que será realizado no dia 31 próximo. Os interessados querem conhecer as exigências estabelecidas para investir em terminais para escoamento de grãos da Região Centro-Oeste pelos portos de Santarém, Vila do Conde e Outeiro. Há ainda uma área em Santarém destinada à movimentação de fertilizantes. Noventa e dois por cento dessas consultas foram feiras de dentro do Brasil mesmo, predominantemente pelos estados de São Paulo e do próprio Pará. Mas houve acessos do exterior também. O maior volume (2%) foi oriundo dos Estados Unidos.
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As seis áreas para terminais portuários que serão leiloadas vão expandir a capacidade de movimentação de cargas pelo Arco Norte em 21,6 milhões de toneladas por ano – 20,4 milhões de toneladas de grãos e 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes. Com isso, a rota de escoamento de grãos da Região Centro-Oeste pelos portos do Pará, que já está consolidada, tende a ganhar importância ainda maior. Em 2015, por exemplo, segundo estudo do Ministério da Agricultura, a movimentação de soja e milho pelo Arco Norte atingiu 20 milhões de toneladas, o que representou crescimento de 54% em comparação com o ano anterior.
As informações da Secretaria de Portos (SEP) são alvissareiras para o setor, sem dúvida nenhuma. Todavia, há que se pensar que todos esses novos terminais devem estar (bem) conectados a um sistema de distribuição infalível e de primeiríssimo mundo – com ênfase nas ferrovias. É o que Portogente define como tornar o mundo mais ágil. E isso só com muita logística que só se alcança com sucesso com planejamento. Se não for isso, estaremos criando apenas novos e gigantescos gargalos.