Os canais de Veneza, Itália, têm águas turvas, turbulentas, e há muitos obstáculos submersos, como cabos, canos e tantas outras coisas, que por tantos anos foram jogados por turistas que navegam nas suas famosas gôndolas. Esse cenário subaquático afetou negativamente os ecossistemas de Veneza e seus edifícios, principalmente pela erosão que evolui rapidamente.
Para estudar a Lagoa de Veneza submersa, pesquisadores vão navegar pelas vias das gôndolas com uma frota de robôs submarinos autônomos. Apelidado de “subCULTron”, essa será a maior quantidade de robôs dessa espécie jamais vista.
O projeto consiste de três tipos de robôs, cada um para uma tarefa específica. O Peixe Artificial, rápido e ágil, irá monitorar o fundo da lagoa e recolher metais; o Mexilhão vai sentar no fundo do mar após longo coleta de dados da água e o Almofada flutua na água como um lírio e vai fazer conexão com os demais robôs e enviar os dados coletados para os cientistas.
Serão recolhidos dados ecológicos que incluem informação sobre a água tais como temperatura, concentração de oxigênio, salinidade, alcalinidade, turbulência, correntes, densidade de partículas suspensas e da nebulosidade.
Os robôs também irão tirar fotografias da fauna e da flora para fazer medidas de densidade e estimativas de organismos. Até mesmo para robôs o escuro e o agitado fundo será um ambiente hostil. Demonstrações ao vivo do projeto subCULTron estão sendo realizadas em pequenos experimentos em piscina na EXPO 2015 Aquae, em Veneza, esta semana.