Muito anunciado, o futuro da miniaturização prometida pelo grafeno começa a virar realidade. A IBM anunciou esta semana que desenvolveu chips usando uma base de nanotubos de carbono. Essa pesquisa de US$ 3 bilhões vai permitir as estruturas dos enormes computadores mainframes se transformarem em meros smartphones. Em tamanho e peso.
Foto: IBM
Esse processo vai mudar também os componentes eletrônicos que deverão ser compatíveis em tamanho como os novos chips. Os nanotubos de carbono são cilindros ocos cujas paredes são feitas de uma única camada de átomos de carbono em forma de hexágono. Eles têm uma dimensão 10.000 vezes menor que um fio de cabelo humano.
A IBM descobriu uma maneira melhor de conectar esses nanotubos com o resto do microprocessador para que eles possam conduzir eletricidade quando no seu estado "ligado". Antes, a alta resistência impedia os elétrons de fluir. Para conseguir superar essa resistência, foi desenvolvida uma maneira de se conectar cada extremidade do nanotubo ao molibdênio metal. Essas conexões são pequenas e um fator crucial para se construir minúsculos circuito com chip.
Na próxima década a transição dos atuais chips de silício para os chips de nanotubos de carbono será realidade e estará no mercado. Há muito ainda que ser feito, mas a IBM já deu o primeiro e grande passo, ao desenvolver o processador de nanotubo de carbono. O resto é consequência.