"A palavra progresso não tem nenhum sentido enquanto ainda existirem crianças infelizes." Albert Einstein
Matéria da Agência Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa de São Paulo) mostra que a ciência vem revelando uma mudança de paradigma na área de material, como nunca visto na história da humanidade. Os primeiros sinais foram detectados nas propriedades do grafeno, derivado do grafite, que tanto deslumbramento causaram por sua dureza (200 vezes mais que o aço) associada à extrema leveza e espessura (1 milhão de vezes mais fino que um fio de cabelo) e a capacidade de conduzir calor e eletricidade,mais do que qualquer outro material até então conhecido.
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Entretanto, outros compostos de elementos da tabela periódica da química também anunciam um cenário transformador dos objetos e da vida na Terra. São os materiais chamados bidimensionais – por serem formados por camadas planas e simples de átomos ou moléculas. São os primeiros raios do amanhecer de um imenso mundo novo de materiais.
E essa perspectiva não para nos materiais bidimensionais. "Há também as heteroestruturas tridimensionais, cujo campo, ainda em sua infância, também será muito grande e com enorme valor econômico por causa do potencial de aplicações”, segundo o pesquisador Antônio Hélio de Castro Neto, diretor do Centre for Advanced 2D Materials and Graphene Research Centre da National University of Singapore. Um desses novos materiais é o dissulfeto de molibidênio. Outro é o fosforeno, formado por folhas simples de fósforo e com propriedades semicondutoras.
Esses novos materiais têm propriedades ópticas não triviais. Eles são finos e macios, como membranas, e não como os sólidos conhecidos. Sua maciez reflete em suas propriedades eletrônicas, enfatiza o pesquisador da Universidade de Singapore. E complementa: “Costumo dizer que esta é a característica mais particular desses materiais bidimensionais, o fato de serem membranas. Eles têm superfícies puras, sem irregularidades e suas propriedades eletrônicas podem ser modificadas pela aplicação de forças. Podemos esticá-los ou modificá-los quimicamente. Um dos grandes ganhos de quando se trabalha com esses materiais é a funcionalização química.”
A geometria dos materiais modela um novo mundo onde novas dimensões estrurais vão ampliar o alcance do tridimensional humano, na concretização da ficção científica.
