Aparentemente o lançamento do Plano Safra 2014/15, de R$ 156,1 bilhões, pela presidente Dilma Rousseff, no dia 19 último, poderia ser um arauto de boas novas para o agronegócio, que tem grande peso na balança comercial brasileira. Todavia, o aumento significativo em relação ao orçamento de R$ 136 bilhões do ciclo anterior está se mostrando insuficiente para atender bem ao pleito desse pujante setor. Muitos são os motivos que justificam as lamentações. Falta de estratégia e articulação são alguns deles.
Leia também
* Planejamento e (é?) cultura
O problema está situado da porteira para fora até os cais dos portos. A causa é, ainda, uma logística em descompasso com a demanda crescente de alimentos no mundo. Não por falta de knowhow. Preocupa, por demais, os três níveis de governo não entenderem o setor produtivo, o que significa, claramente, uma ameaça ao futuro do agronegócio.
Perdas de produto, de tempo e de preço poderiam ser amenizadas com políticas bem articuladas. É preciso integrar setores dos governos, mudar o jeito de discutir, definir e implantar ações públicas que chocam entre si ou que não dão em nada. Tudo parte de um pujante e bem acertado planejamento, definindo prioridades e metas.