O depoimento do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, nesta terça-feira (20/5), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), do Senado, causou grandes polêmicas. Primeiramente, Gabrielli afirmou que as cláusulas do contrato entre a Petrobras e a Astra Oil para a aquisição de Pasadena (Texas, EUA), em 2006, foram adequadas e de acordo com o perfil de negócios de grande porte. Ao mesmo tempo, o ex-executivo disse que está em curso uma campanha, com origem internacional, para desmoralizar e prejudicar a petrolífera brasileira.
Segundo ele, já existem vazamentos do WikiLeaks que mostram conversas entre políticos brasileiros e diplomatas americanos colocando de forma clara que a prioridade é desmontar a lei que garante a Petrobras como operadora única do pré-sal brasileiro. “São vazamentos, não sei se verdadeiros ou não, mas que mostram conversas entre certos políticos brasileiros e embaixadores e diplomatas americanos”, especulou.
Para ele, a oposição quer destruir a Petrobras. E criticou: “A CPI pode se transformar simplesmente em um espetáculo. Acho condenável o comportamento da oposição. Está querendo destruir uma empresa sólida, bem administrada e com perspectiva de crescimento. Tentam dizer que a empresa está em uma crise que não existe.”
Ausência oposicionista
Todavia, a grande vedete desta terça-feira, na CPI da Petrobras, foi a ausência da oposição à audiência. Dois indicados, Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO), já haviam pedido a retirada de seus nomes dos membros da CPI. Já o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que ainda integra a comissão formalmente, anunciou no Twitter ter percebido que a CPI do Senado é "chapa-branca e com cartas marcadas" e por isso resolveu não mais participar das reuniões. Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado.