A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) finge que não vê e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) faz de conta que não é com ela as irregularidades na obra da cobertura do terminal de açúcar do terminal da Cosan no Porto de Santos. A tolerância oficial ao impacto ambiental e à agressão à saúde do trabalhador não tem explicação tampouco para por aí.
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Como as instituições financeiras consideram o risco ambiental como uma variável determinante na concessão de crédito, como fica o caso dos financiamentos governamentais para uma empresa que polui o ambiente e principalmente prejudica a saúde do trabalhador? Estamos falando de procedimentos básicos que não estão sendo cumpridos para obter o licenciamento de um projeto.
No caso dos trabalhadores e por dever de ofício, cabe ao ministro do Trabalho, Manoel Dias, explicar como o ministério se posiciona diante de uma obra que não dá importância à saúde do trabalhador do mais importante porto da América do Sul.
Sem sombra de dúvida, todo mundo quer produtividade e exportação. Entretanto, para isso não é necessário nem possível descartar a sustentabilidade na viabilidade de um futuro que queremos, tema da Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro.
Com a palavra o Ministério Público.