As obras de revitalização do Porto Maravilha, na zona portuária do Rio de Janeiro, estão paralisadas desde o dia 13 último. Isso porque os quase 3.500 trabalhadores estão em greve. Audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta segunda-feira (18/03), terminou sem acordo entre o sindicato da categoria e o Consórcio Porto Novo, responsável pela reforma.
A categoria reivindica direito ao plano de saúde extensivo aos parentes. O consórcio não apresentou contraproposta. Com a paralisação, as obras estão paradas e o prazo final, previsto para o primeiro semestre de 2016, pode ficar comprometido.
"Devido à posição dos patrões de não negociar, o movimento perdurará", disse Carlos Aberto Souza, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro.
O consórcio informou, em nota, que atende a todas as cláusulas previstas na convenção coletiva negociada com os trabalhadores em fevereiro deste ano. A empresa ajuizou ação pedindo que a paralisação seja decretada abusiva. De acordo com o consórcio, a oferta do plano de saúde não é obrigatória por lei e não foi negociada na convenção. A empresa ainda alega inviabilidade econômica de oferecer o beneficio, que não consta no orçamento total da obra.