Observa PortoGente a distorção de que atualmente "quem faz a maioria das leis é o Executivo, por medidas provisórias. No Legislativo, onde representantes têm sido responsáveis por preencher os cargos do Executivo, tentam fazer julgamentos que, de resto, têm resultado em muito barulho por nada. Já o Judiciário não julga a tempo e a contento os crimes, mas é célere em decidir sobre matérias eminentemente legislativas e de interesse do Executivo."
No âmbito regional, vale observar que as avenidas perimetrais são definidas mais em função do interesse do porto do que das cidades, que apenas podem "sugerir" mudanças, sendo o projeto conduzido pela autoridade portuária. Eis portanto outra inversão de valores, já que o porto deveria servir à comunidade, e não a comunidade ao porto.
Em muitos setores, as empresas é que dizem às tais "agências reguladoras" como querem ser reguladas e fiscalizadas. Ex.: as fabricantes de transgênicos determinam as regras aplicáveis na agricultura e nos portos (Paranaguá...), as teles na Anatel (regras de telefonia e de HDTV), as concessionárias de eletricidade definem as tarifas da energia, as empresas de ônibus e suas pitorescas planilhas definem os valores das passagens, os laboratórios informam como deve ser o controle de remédios...
E, como se já não bastasse tanta confusão, ainda vem o PCC definir a cor dos uniformes dos detentos, entre outras medidas, que normalmente deveriam ser definidas pela polícia. E exigir que o país fora das cadeias pare, quando quem deveria estar parado era justamente o pessoal detido.
Como diriam certos "músicos" (chamemos assim) cariocas: "Tá tudo dominado!"