A nossa internauta Hilda Rebello, em comentário na Gazeta “Que Maricá estão construindo?”, faz uma comparação bem interessante que destacamos a seguir:
“A situação de Maricá em muito se parece com o caso da construção de um estaleiro em Biguaçu (Santa Catarina), pelo Grupo OSX (do Sr. Eike Batista), que prometia a geração de empregos, alegando que o impacto ambiental não seria tão significativo e que os benefícios econômicos superariam o prejuízo ambiental. Graças à mobilização dos movimentos populares realizados por vários segmentos da sociedade, o projeto não foi adiante. Não fossem os movimentos, grande parte das maravilhas naturais e históricas teria sido destruída ou parcialmente afetada! Que o povo de Maricá tenha o mesmo empenho em salvar sua comunidade da ganância dos tubarões e obtenha o mesmo êxito de Biguaçu com seus movimentos!”
Já o nosso assíduo internauta Roberto Portomelhor faz outra observação, também pertinente ao projeto trilionário que a DTA Engenharia quer implantar num paraíso natural na Ponta Negra, no município de Maricá, no Rio de Janeiro. Diz ele:
“A questão sobre Maricá é se não há outra solução para atender sobejamente às demandas dos fluxos do pré-sal para um porto redimensionando estruturas existentes, com menos investimentos e sem matar a natureza. A Petrobrás não pode ser um agente do canibalismo pelo lucro a qualquer preço. Esquisito que a empresa seja parceira de programas de preservação ambiental e por outro lado patrocine, ou finge que não vê, que seu produto ameace essa natureza que ela diz defender”.
Roberto Portomelhor refere-se ao Projeto Petrobrás Ambiental em defesa da biodiversidade marinha. A bióloga Leandra Gonçalves, do Greenpeace Brasil, já declarou que no local onde querem implantar um megaporto para o pré-sal, em Maricá, é passagem de vários tipos de baleia, como a Jubarte, Franca e Orca, entre outras espécies de vida marinha.