Começa nesta sexta-feira (21), a chegada de tubos para atender ao Campo Tupi, na Bacia de Santos (SP), no Porto de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro (RJ). Nesta primeira fase, serão 10 mil toneladas de tubos importados da Inglaterra num total de quatro a cinco desembarques de 45.2 mil toneladas. Mas essa movimentação não resolve o problema dos trabalhadores portuários de Angra dos Reis, que estão com trabalho escasso.
Aurélio de Moura, gerente de Relações Portuárias da Secretaria de Atividades Econômicas da Prefeitura de Angra dos Reis e presidente do Sindicato dos Estivadores do município, destaca que esse trabalho servirá somente de acalanto. “Nem tudo, porém, é festa para os trabalhadores avulsos do porto. Na verdade, os trabalhadores ganham certo alento com o início efetivo deste projeto, entretanto, amargam uma escassez de carga como jamais visto”.
Segundo o sindicalista, todos os sindicatos representativos dos trabalhadores portuários naquela cidade “estão atentos e têm cobrado, da nova arrendatária (Technip), uma postura mais agressiva no mercado”. Eles querem que a empresa busque mais cargas para o Porto.
Moura afirma que o movimento sindical está esperançoso por uma mudança radical da Technip, por intermédio de sua Operadora Portuária (TOP-Technip Operadora Portuária), em relação à antiga Operadora (Planeta Operadora Portuária), “que quase nada fazia para movimentar cargas. Sua maior preocupação era atender reparos de plataformas e um grande desinteresse em movimentação de longo curso”.
O sindicalista disse que os trabalhadores portuários estão unidos na defesa e luta pelo Porto de Angra “que pode e deve estar pronto ao atendimento de apoio offshore que, certamente, irá ocorrer com a prospecção de petróleo e gás na Bacia de Santos, na camada do pré-sal”.
O Porto de Angra conta, hoje, com 472 entre estivadores, arrumadores, conferentes e vigias portuários.
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