Quinta, 25 Abril 2024

A indicação de José Roberto Correia Serra para assumir a presidência da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) agradou os mais diferentes segmentos da comunidade portuária. Desgastado, principalmente entre o quadro de funcionários da estatal, José Di Bella Filho sai da administração do porto santista e será, por ora, o secretário-adjunto do ministro-chefe da SEP Pedro Brito.

 

A reportagem de PortoGente, antecipando a posse de Serra que acontecerá na manhã desta quinta-feira (31), na sede da Codesp, ouviu autoridades do setor. Foi unânime a expectativa de que Serra cumpra os objetivos estabelecidos pelo governo federal para o maior porto do País. Objetivos esses que Di Bella, pelos inúmeros obstáculos encontrados e pela inércia de sua gestão, acabou não atingindo.

 

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), José Roberto Sampaio Campos, vê a substituição na direção da Codesp de forma muito positiva. Ele explica: “Isso mostra que o ministro Pedro Brito continua na linha de fazer com que a missão da Secretaria de Portos seja implantada, ou seja, organizar a gestão dos portos brasileiros”. Campos acredita que a mudança foi efetuada porque a administração de Di Bella não alcançou os resultados esperados pelo governo. O fato de o ministro não ter medo de assumir que as metas são o fator mais importante e que fará as modificações necessárias para alcançá-las também foi elogiado pelo executivo, que espera um bom trabalho de Serra.

 

Também aguardando uma gestão profícua do novo presidente, o diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins, classificou a ação da SEP como uma “troca natural”. Segundo ele, os operadores sempre exigiram que os representantes do governo federal tenham competência e experiência no sistema portuário. “E esse é exatamente o perfil que o José Roberto Serra tem. É um homem muito competente e terá todo o apoio dos operadores portuários”. Em um momento pelo qual o Porto de Santos passa por grandes obras de infra-estrutura, ressalta Martins, é importante que todos os envolvidos com a atividade dêem apoio à presidência da estatal.

 

O vereador e diretor-adjunto do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), José Antonio Marques Almeida, o Jama, nutre a expectativa de que Serra harmonize a Codesp e toda a comunidade portuária. Para ele, Di Bella deixa uma triste lembrança no Porto de Santos, devido à falta de sensibilidade que marcou sua gestão. “O Serra assume uma empresa extremamente desmotivada, repleta de assessores com pouca ou nenhuma percepção do papel da Codesp como Autoridade Portuária”. O novo presidente, explica Jama, trás esperança para todos os envolvidos com o setor por ser um executivo com grande conhecimento portuário. “Ele é um homem preparado, mas vai precisar de muita aptidão para motivar o quadro de funcionários da empresa e estabelecer um processo sinérgico produtivo para desenvolver, conforme todo o Brasil espera, o Porto de Santos”.

 

Na visão do superintendente do Centro de Excelência Portuária (Cenep) do Porto de Santos, Fausto Figueira, Serra tem o perfil ideal para implantar as ações imprescindíveis para o desenvolvimento do complexo santista. “Essas mudanças, de alguma forma, já foram concebidas. E eu acho que ele poderá implantar rapidamente todas as mudanças gestadas para a transformação do Porto”. A troca, lembra Figueira, foi uma substituição entre membros de uma mesma equipe. Assim, ele espera que a SEP dê continuidade ao trabalho que realiza e aguarda que a implantação do Cenep seja agilizada.

 

Voz dissonante dentre os entrevistados, o presidente do Sindicato dos Operários e Trabalhadores Portuários do Estado de São Paulo (Sintraport), Robson Apolinário, lamenta a saída de Di Bella da estatal, pois, de acordo com o sindicalista, estava empreendendo um ritmo forte na administração da Companhia, exercendo, de forma pioneira, o papel de Autoridade Portuária. Apolinário espera que Serra dê prosseguimento no trabalho desenvolvido pela Codesp desde a criação da SEP. “Conheço o trabalho dele e sei que é uma pessoa de posições muito firmes. Aposto na qualidade de seu trabalho e no seu empenho para a solução dos problemas do porto que, eu diria, são muitos e são graves”.

 

Apolinário adiantou que a troca na presidência da Codesp será discutida nesta sexta-feira (01/08) na plenária que reunirá a Federação Nacional dos Portuários (FNP), dos Estivadores (FNE) e a Fenccovib, na qual ele também estará presente. Segundo ele, embora seja um assunto pontual e pertinente a um único porto brasileiro, os demais sindicalistas que estarão no encontro no Rio de Janeiro vão abordar o tema. “Eu costumo dizer que, na questão portuária quando Santos fala, o Brasil escuta”.

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