A sociedade encontra-se no século XXI, mas diversas categorias de trabalhadores ainda não conseguem se organizar de forma minimamente moderna e decente. Intimidadas pelo poder empresarial e desarmadas pela falta de unidade, categorias portuárias – especialmente nos portos de menor capacidade de operação – não conseguem ditar o rumo de suas funções.
Um exemplo pôde ser detectado entre os arrumadores do Porto de Suape (PE), que realizaram, na última semana, um protesto para reivindicar melhores condições de trabalho e reclamar do não-funcionamento do Sindicato dos Arrumadores do Estado de Pernambuco.
De acordo com reportagem da Folha de Pernambuco, os funcionários reclamam que, apesar de serem sindicalizados e contribuírem mensalmente para a associação de classe, a categoria não possui garantias trabalhistas nem auxílio médico. O presidente do Sindicato dos Arrumadores, José Alves da Silva, considera a atual situação muito difícil, mas não a vê como nada diferente de todos os outros sindicatos do segmento.
Desolados com a falta de perspectiva futura, os arrumadores de Suape aguardam que a gestão de seu respectivo sindicato e do porto local trabalhem em sintonia para proporcionar o desenvolvimento necessário para todos os envolvidos. Em contato com a redação de PortoGente, um desses trabalhadores fez questão de desabafar: “ou tomam conta de nossa situação ou é melhor acabar de uma vez com os avulsos”.