Quem tentar entender não vai conseguir. O que era não é mais. E o que não era agora é. Sindicatos de trabalhadores declaram-se, em verso e prosa, apoiadores de primeira linha da diretoria da Codesp e da SEP (Secretaria Especial de Portos). 100% de apoio, foi a expressão de um dos dirigentes sindicais.
A declaração de amor foi em reunião recente, na sede da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), onde a empresa atendeu apenas uma das reivindicações apresentadas pelos sindicatos, e ainda assim pela metade (o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) em cima do salário bruto e não sobre a remuneração, com adicionais e vantagens pessoais). E sabendo que existe ainda uma pendenga sindical envolvendo a demissão sem justa causa de funcionários de carreira da empresa.
São as “forças ocultas” da nova paixão que fizeram os sindicatos do maior porto do Brasil anunciarem, para espanto geral da nação portuária nacional, que não vão aderir à greve nacional do dia 16 de junho?
Paralisação que vai exigir, entre outras reivindicações, ter acesso ao conteúdo de decreto que está em elaboração na SEP ou na Casa Civil e que flexibilizará as regras para abertura de portos privativos.