“Eu acho que a região do Pecém vai se tornar um dos maiores complexos industriais do Brasil. Além do nosso empreendimento, já existem outros empreendimentos térmicos sendo anunciados. Tem o projeto de uma siderúrgica caminhando, já se fala em uma refinaria, então se somarmos tudo isso seguramente o Porto do Pecém vai se transformar em um dos principais portos industriais do Brasil”.
A entusiasmada declaração é do engenheiro Eduardo Karrer ao jornal Diário do Nordeste. Ele é presidente da MPX Energia, uma empresa do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. O executivo declara que o Porto do Pecém (CE) é um dos melhores do Brasil, e pode ser um grande porto industrial do País.
O entusiasmo se dá com o recente lançamento de mais um empreendimento arrojado do grupo de Eike Batista (que mais parece um polvo): a Usina Termelétrica Porto do Pecém (UTE Pecém), em São Gonçalo do Amarante, que terá investimento total de US$ 1,2 bilhão.
Lá como cá (por conta do Projeto Porto Brasil de Peruíbe, SP), os arrojados negócios do Grupo EBX também são questionados na Justiça por causa de danos ambientais.
As obras da UTE Pecém, iniciadas no dia 4 último, com a presença do governador cearense Cid Gomes, começaram sob risco. É que corre na Justiça do Ceará ação contra a usina. As obras estão sob “tutela” de liminar do presidente do Tribunal de Justiça, que suspendeu outra liminar que proibia o início das obras. Ou seja, o mérito da ação ainda não foi julgado.