Os auditores fiscais, em greve desde o dia 18 de março, já deixaram bem claro que querem equiparação de pagamentos com outras carreiras típicas de Estado, como delegados e magistrados. A categoria está uma fera e promete continuar o movimento. O presidente da delegacia do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), em Santos, Wellington Clemente Feijó, lamenta a intransigência do governo federal. E diz que o salário do auditor fiscal está defasado há “mais ou menos dez ou doze anos”.
Em assembléia na manhã desta quinta-feira (10), em Santos, os auditores decidiram manter a paralisação. Na próxima segunda-feira (14), os auditores fazem uma reunião nacional para avaliar o movimento e decidir pela continuidade ou não da greve.
Feijó afirmou que os auditores fiscais estão muito indignados com a falta de respeito do governo. E alega que o movimento é pela “moralização” do serviço dos auditores, e não apenas para aumentar o salário.
A categoria está em greve em todo o País, atuando apenas com 30% de seu efetivo, porcentual mínimo exigido pela legislação. Os portos mais afetados, até o momento, são os de Santos e de Manaus (AM). Alguns terminais calculam já operar acima de sua capacidade máxima.
O presidente da delegacia santista informou que ações isoladas, como o retorno de todo o efetivo para evitar o colapso nos principais complexos portuários, podem ser adotadas de acordo com a necessidade verificada pelos auditores. O sindicalista diz não temer nem pelo corte de ponto e, conseqüentemente, salarial autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).