A mensagem que as três federações de trabalhadores portuários enviaram à presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleise Hoffmann, opondo-se à substituição de Márcio França no ministério de Portos, deve ser entendida como: “” estamos mobilizados”. Trata-se de um alinhamento que a análise competente, realizada pelo setor, confirma a simpatia da esfera empresarial. Capital e trabalho pró eficiência nos portos.
No Porto de Santos, preocupa que um novo ministro venha a rebaixar a estruturação minuciosa, política e técnica, realizada por Márcio França, com uma qualidade há muito não vista no principal porto do hemisfério sul. Priorizando a competência necessária para o planejamento exitoso, nos níveis: estratégico, tático e operacional. Pois, como importante passagem de grande parte da riqueza do País, os portos precisam ser eficientes. .
Decerto, o arranjo inerente à coalizão política, no caso dos portos, deve priorizar as melhores condições para atingir a modernização,.com programas de treinamento dos executivos, no curto prazo de menos de quatro anos. De forma a garantir produtividade na importação e exportação, essenciais à saúde econômica do Brasil. Entretanto, mudar hoje, vai resultar um ano perdido na reforma já atrasada dos portos nacionais.
Eis a mensagem das três federações de trabalhadores portuários.
"Deputada Gleisi.
O momento está preocupante para todos os portuários brasileiros.
A mensagem que nos foi passada, pelo Presidente que ajudamos eleger, é que os Portos são tão insignificantes, ao ponto de servir de moeda de troca com “Centrão” (ou Republicanos - partido do Governador de São Paulo), mesmo sendo, na verdade, responsáveis por mais de 95% do comércio exterior do país.
Nós havíamos recebido com euforia a criação do Ministério de Portos assim como indicação de um Ministro e um Secretário de Portos oriundos do maior porto da América Latina, mesmo não tendo sido atendidos nossos pleitos quanto à participação de um trabalhador do Porto no Governo Lula.
Preocupa-nos sobremaneira o prosseguimento de busca de soluções dos principais problemas do setor, como a questão do Porto de Itajaí e as pendências da privatização da CODESA e inclusive o retorno da política de privatização dos portos (defendida pelo maior líder dos republicanos: Tarciso de Freitas)
Por favor, desculpe desabafo aqui manifestado por todos os portuários brasileiros, por meio das três federações nacionais portuários.
Permanecemos frustrados e vigilantes!!!
JOSÉ ADILSON PEREIRA (FNE)
EDUARDO GUTERRA (FNP)
MÁRIO TEIXEIRA (FENCCOVIB)"