O discurso da privatização dos portos brasileiros carece de conteúdo. Confuso e vazio busca um meio sem compreender o fim que deve atingir, para promover maior produtividade nas operações portuárias e tornar o produto nacional mais competitivo no comércio internacional. Tomando a Codesa como paradigma para a privatização do Porto de Santos, quando deveria ser o contrário, o que se assiste no porto capixaba é uma falta de competência para tratar de um projeto dessa envergadura.
Foto: Porto de Shenzhen, na China.
Artigo | Frederico Bussinger
* Privatização: da teoria à prática; da intenção ao gestoPrivatização: da teoria à prática; da intenção ao gesto
Tudo como consequência de recurso equivocadamente alocado. Pois, não falta capacidade ao Brasil para realizar uma reforma dos portos nacionais, de alcançar o patamar dos portos asiáticos como deseja e prometeu o presidente Jair Bolsonaro. Das visitas aos portos da Austrália à atual referência do de Lisboa, tem-se produzido “acho e o que parece” incompatíveis com critérios comerciais, que devem nortear um projeto portuário. Como se verá quando os dados disponíveis relativos às estratégias de investimento e dos retornos forem, de fato, detalhados.
Editorial | Dia a Dia
* A descentralização dos portos do secretário Piloni
Já se passaram quatorze meses e não se percebe qualquer parâmetro que mobilize as comunidades portuárias na construção de um novo paradigma, como vem acontecendo nos principais complexos portuários do mundo, que se adequam às novas tecnologias. Nem a privatização da dragagem, já há muito bem teorizada, sai do papel. É oportuno o Ministério da Infraestrutura - responsável pelos portos - saber qual a impressão do setor, de extensa, numerosa e forte representatividade, a respeito da tão anunciada reforma.
Artigo | Luiz Alberto Costa Franco
* Dragagem condominial e a solução das profundidades no Porto de SantosDragagem condominial e a solução das profundidades no Porto de Santos
A complexidade da atividade portuária abrange aspectos físicos, comerciais, sociais, tecnológicos e estratégicos que devem ser harmonizados com o propósito de garantir uma movimentação eficiente de cargas e pessoas entre diferentes meios de transportes e de forma sustentável. São relações abertas e amplas compondo uma realidade muito além de apenas fazer dinheiro, também necessário, vendendo ativos. Principalmente garantir segurança aos investimentos portuários. Portanto, a missão de inovar os portos requer um bom trabalho.
Editorial | Dia a Dia
* WebSummit Porto & Cidade: rede de articulação e mudanças
Talvez os conflitos causados pelo anúncio do novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos sejam um indicador adequado de como os portos brasileiros estão distantes do seu papel portuário. Por isso, tão exigentes de reforma.