O reajuste de 11% a 15% na tabela do frete, anunciado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), preocupa o setor industrial, conforme alega a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade afirma que "o tabelamento continua a prejudicar caminhoneiros autônomos, empresas industriais e consumidores à medida em que não resolve a falta de demanda por frete". E completa: "O problema só terá solução a partir do reaquecimento da economia nacional e da simplificação da burocracia que envolve o setor."
Em pronunciamento, a CNI diz que, ao incorporar componentes na estrutura de cálculo do frete e fazer modificações metodológicas, a nova tabela eleverá os custos do transporte de cargas. E adverte: "A mudança terá impacto direto nos preços dos produtos que chegam aos consumidores. O resultado será o aumento da inflação, já que a política de preços mínimos trouxe distorções para a economia e a consolidação da tendência iniciada no ano passado de verticalização do transporte de cargas na indústria, por meio da compra de frota própria de caminhões."
Em 19 de fevereiro próximo, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará três ações que questionam a constitucionalidade da tabela.