A indústria naval brasileira prevê retomar o fôlego a partir da publicação de uma medida provisória pelo governo federal, o que deve acontecer até junho deste ano, que permitirá a destinação de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para que a Marinha do Brasil encomende embarcações a estaleiros do País.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), há uma expectativa para a contratação de quatro corvetas e 20 navios patrulha. O FMM, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, já financiou R$ 9,39 bilhões, de 2010 até hoje, para a construção de 27 embarcações de cabotagem. Atualmente, tem recursos investidos em seis embarcações dessa modalidade que estão em construção.
Outra questão que promete agitar o setor, conforme indicação do sindicato, é a elevação do conteúdo local dos cascos nas novas licitações de 25% para 40%. A proposta defendida pela indústria naval é de que, a partir da 5ª rodada, prevista para setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passe adotar em definitivo o percentual autorizado na resolução que regulamenta os ajustes nos índices de conteúdo local das áreas arrematadas da 7ª a 13ª rodada de concessão, 1ª e 2ª de partilha e cessão onerosa.