A empresa alimentícia JBS-Friboi foi eleita pela segunda vez em três anos a empresa mais globalizada da América Latina. A brasileira lidera o ranking que conta com 65 corporações e será divulgado na edição de abril da revista AméricaEconomia, que chega às bancas na próxima quinta-feira. A publicação traz também uma matéria especial da empresa, mostrando os riscos e dificuldades de um alto crescimento no mercado atual. Contando a JBS, o Brasil tem 25 representantes na lista, entre eles, a Vale, em oitavo lugar, e siderúrgica Gerdau, em nono.
As outras brasileiras mais bem colocadas são a Construtora Norberto Odebrecht (12º posição), Petrobras (17º), as alimentícias Marfrig, que se manteve na 20ª colocação, e Brasil Foods (26º), Fibria (27º), InterCement – Camargo Corrêa Cimentos (28º) e a melhor colocada da lista do setor de bens de capital, Weg, na 30º posição.
Para chegar a um índice e numerar as posições de cada empresa, cinco variáveis foram colocadas para medir o grau de globalização de cada uma. As três primeiras englobam as operações no exterior e porcentagem de faturamento em relação à receita total das empresas; a quantidade de trabalhadores que operam nas filiais fora do país de origem em relação ao total de trabalhadores que a empresa emprega e por fim a porcentagem de investimentos ou ativos realizados no exterior, sobre o total de investimentos ou ativos, em dezembro de 2011. Essas três variáveis tiveram um peso de 50% no modelo final: 10%, 10% e 30%, respectivamente.
A quarta variável foi a cobertura geográfica, construída de acordo com a diversificação e dificuldade das operações ao redor do mundo. Foram consideradas nove zonas econômicas. As regiões foram América do Sul, América Central, América do Norte (México e Canadá), Estados Unidos, Europa, Ásia, África, Oceania e Oriente Médio.
A última variável é o potencial de crescimento internacional, baseado em três fatores. O primeiro é o tamanho da empresa, o segundo é a liquidez e o último é o fator qualitativo de percepção da marca, que inclui os planos de investimentos, as recentes aquisições e os espaços que existem para crescer no mercado global na área de cada companhia.
