O Japão é o destino turístico queridinho da vez. Só em 2024, segundo dados da Organização Nacional de Turismo do país (JNTO), o país recebeu 36,87 milhões de visitantes. O número superou o recorde alcançado em 2019, antes da pandemia de Covid-19, de 31,9 milhões.
Na lista de visitantes recentes estão nomes famosos, como a atriz Bruna Marquezine, a influenciadora Virgínia Fonseca, o ator João Guilherme e as youtubers Drag Box, que compartilharam a experiência com seus seguidores.
De acordo com o Ministério do Turismo, as redes sociais são a principal fonte de informação para quem deseja viajar, sendo consultadas por 47% dos brasileiros antes de escolherem o destino. Outra forma de se informar é acessando um blog de viagem especializado, que traz experiências de pessoas que já visitaram o país.
Esses canais reúnem dicas importantes para quem está indo pela primeira vez conhecer o país, pois é essencial se preparar tanto para a logística da viagem, quanto às diferenças culturais. Conhecer os costumes, escolher o período do ano para a viagem, buscar informações sobre idioma e formas de comunicação estão entre as recomendações para quem pretende viajar para o Japão.
Busque informações sobre os locais que serão visitados
Antes de realizar uma viagem, é essencial buscar informações sobre o destino, a fim de evitar problemas ao desembarcar do avião. Entre as questões que precisam ser compreendidas estão as medidas impostas pelo governo japonês para lidar com a superlotação de destinos populares.
Desde setembro de 2023, turistas com passaporte eletrônico com chip podem entrar no país sem a necessidade de solicitação prévia do documento, medida válida até setembro de 2026.
A mudança trouxe impactos diretos no turismo e, segundo dados da Embaixada do Japão no Brasil, só entre os brasileiros houve um aumento de 60% no número de viajantes após a flexibilização para estadias de até 90 dias com fins turísticos, visita a familiares ou participação em eventos.
Para lidar com a chegada crescente de visitantes estrangeiros, o governo adotou normas. Em Kyoto, foi criado o Código de Conduta de Turismo, que traz recomendações e iniciativas para minimizar casos de desconforto e desrespeito.
Na região, há planos para aumentar os impostos de hospedagem a partir de 2026, visando melhorar a infraestrutura local e mitigar os impactos do turismo excessivo. Também é importante pesquisar sobre pontos turísticos, assim é possível saber o que não deixar de fazer em Kyoto e outros destinos japoneses.
Aprenda sobre as épocas do ano no país
As épocas do ano também são importantes para quem viaja ao Japão. A doutoranda em turismo pela Universidade de Caxias do Sul, Tatiana Marodin, explica que um dos eventos mais aguardados pelos turistas é a temporada de floração das cerejeiras, conhecida como hanami.
Em entrevista à imprensa, ela explica que para quem vai ao país esperando encontrar essas árvores, o recomendado é viajar durante a primavera (março a maio) ou no outono (setembro a novembro), período em que as folhas ganham tons avermelhados.
Não deixe o idioma ser uma barreira
A língua oficial do Japão é o japonês e, por isso, uma das principais dicas para quem visita o país é se preparar para possíveis dificuldades enfrentadas por conta do idioma.
As youtubers Drag Box estiveram na ilha e compartilharam a experiência em uma série de vídeos publicados no YouTube. De acordo com Tatá e Olive, nos pontos turísticos, o uso do inglês costuma ajudar na hora de se comunicar com os nativos.
Mas nos locais menos populares, a comunicação pode ser um desafio. Aplicativos de tradução, como o Google Translate, podem ser úteis. Além disso, aprender algumas frases básicas em japonês, como cumprimentos e expressões de agradecimento, pode ser um diferencial na experiência.
Cultura diferente exige atenção
O Japão é um país oriental e, por isso, tem uma cultura bem diferente da brasileira. Alguns costumes e hábitos comuns no Brasil podem não ser bem vistos pelos japoneses. Dessa forma, é importante se manter informado sobre o que deve ou não ser feito.
No Japão, é comum tirar os sapatos ao entrar em casas e alguns estabelecimentos. Falar ao celular em transporte público é considerado rude. Além disso, gorjetas não são uma prática comum, pois o serviço já está incluído no valor final. Comer andando na rua também pode ser mal visto em algumas regiões, especialmente em áreas mais tradicionais.
Esteja aberto para conhecer a gastronomia
Ainda de acordo com Tatiana, a gastronomia é um dos atrativos para os turistas. Além dos famosos sushis e ramens, há uma grande variedade de pratos típicos que costumam chamar a atenção, como okonomiyaki, uma espécie de panqueca japonesa; takoyaki, bolinhos de polvo; e kaiseki, refeição tradicional japonesa servida em múltiplos pratos.
Para quem deseja economizar, os konbini, lojas de conveniência, oferecem refeições rápidas e acessíveis. São esses locais que têm conquistado influenciadores que visitam o país. Em vídeos no Instagram e TikTok, é possível encontrar conteúdos com títulos como “Tudo o que eu comi em uma loja de conveniência no Japão” ou “Me alimentando por 24 horas em lojas de conveniência no Japão”.