Sexta, 03 Mai 2024

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Todos os anos, as operadoras devem reajustar o plano de saúde, seguindo as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulatório do setor privado no país. A justificativa para essa atualização nos preços das mensalidades baseia-se em alguns fatores, como o aumento nos custos de saúde, adição de novas tecnologias, inclusão de novos procedimentos no rol da ANS, inflação, envelhecimento da população, entre outros.

O reajuste vale tanto para os planos individuais e familiares quanto para os coletivos, como os oferecidos pelas empresas em formato de benefícios, e há diferenças nas regras da ANS para cada um deles. No primeiro caso, a ANS determina, anualmente, qual será o teto do reajuste para o período. Até abril de 2024, por exemplo, o reajuste dos planos individuais/familiares será de 9,63%.

No caso dos planos coletivos, como os planos de saúde para uma empresa, outras regras determinam o teto, como a mudança de faixa etária do beneficiário e o aniversário do contrato, o que acontece anualmente.

Como funciona o reajuste nos planos de saúde empresariais?

Para calcular como essas atualizações nas mensalidades dos planos serão feitas, as operadoras de saúde levam em consideração uma fórmula com dois critérios, o reajuste financeiro e o técnico.

O reajuste financeiro prevê os gastos futuros e está relacionado aos custos para cuidar da saúde dos funcionários de determinada empresa. Normalmente, são usados índices de inflação para esse cálculo, como a Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH) ou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Já o reajuste técnico avalia o que foi gasto pela operadora com os beneficiários da empresa até então. Esse critério corrige os custos passados e, por isso, leva em consideração o uso do plano de saúde, também chamado de sinistralidade. Todo contrato de plano empresarial tem uma meta de sinistralidade e, se a empresa ultrapassá-la, haverá o cálculo do reajuste técnico.

Além disso, a quantidade de beneficiários dentro das empresas influencia no cálculo do reajuste técnico. Entre aquelas com menos de 30 vidas, por determinação da ANS, não pode ser feito um reajuste técnico individualizado. Nesse caso, o cálculo baseia-se em um pool de empresas com o mesmo perfil, da mesma operadora de saúde. Já naquelas com mais de 30 vidas, o cálculo do reajuste técnico é individualizado e leva-se em consideração apenas o uso do plano pelos funcionários beneficiários daquela empresa.

Como fazer o plano caber no planejamento financeiro de 2024?

Há uma série de medidas que as organizações podem adotar para incentivar um uso mais consciente do plano de saúde empresarial e, por consequência, ter um reajuste menor nas mensalidades.

Além de seguir as recomendações abaixo, vale também buscar pelos melhores planos de saúde do mercado, o que varia de acordo com as necessidades de cada empresa. Em caso de dúvidas, a operadora de saúde Alice produziu um Guia para RH, especialmente de empresas pequenas, com dicas e orientações sobre as melhores práticas de uso dos planos de saúde, pensando no reajuste.

Incentivar o colaborador a ter um médico ou enfermeiro de Família e Comunidade

Ter acesso a especialistas em Família e Comunidade permite um cuidado integral da saúde do beneficiário e dos dependentes, já que esses profissionais são capacitados a atender todas as principais condições de saúde, como diabetes e hipertensão. Além disso, o foco na Atenção Primária à Saúde reduz a necessidade de o beneficiário buscar outros especialistas, o que diminui a sinistralidade dos planos.

Ressaltar a rede credenciada do plano de saúde

Dependendo do tipo de plano de saúde, há uma oferta de especialistas, hospitais, clínicas e laboratórios que já fazem parte da rede credenciada. Quando usados, de forma consciente, o custo para o beneficiário e, por consequência, para a empresa, reduz.

Acionar a telemedicina ou teleconsulta

Uma forma de economizar o tempo e o deslocamento do colaborador é incentivar o uso da teleconsulta, oferecida por alguns tipos de planos de saúde. Com isso, o funcionário consegue resolver a queixa de saúde rapidamente, além de prevenir idas desnecessárias aos prontos-socorros ou aos especialistas.

Estimular a educação em saúde do funcionário

Uma pessoa bem informada sobre a própria saúde se cuida mais, seja mantendo o tratamento de doenças crônicas, seja identificando sinais precoces de questões mais graves. Para isso, as empresas podem incentivar os colaboradores a questionarem os profissionais de saúde sobre dores, incômodos ou mesmo sanarem dúvidas gerais dos hábitos de vida.

Reforçar o uso correto do pronto-socorro

Salas de espera dos prontos-socorros não são lugares para diagnosticar e tratar sintomas de gripe ou resfriado, por exemplo. Por isso, vale orientar os funcionários sobre as diferenças entre as reais urgências e emergências das condições comuns do dia a dia. Também é importante detalhar as opções que os planos de saúde oferecem para evitar idas desnecessárias aos prontos atendimentos, como telemedicina e teleconsultas.

Destacar a importância dos registros de saúde

Caso o plano de saúde não coloque em prática a coordenação do cuidado da saúde do paciente (quando os profissionais de saúde acompanham todos os exames, consultas e procedimentos), uma opção é solicitar que o próprio funcionário faça o registro dos resultados de exames, consultas, cirurgias realizadas por ele e dependentes. Tendo um histórico de saúde, o cuidado em momentos de queixas é facilitado.

Conferir se os colaboradores mantêm um acompanhamento médico

Nem todos os colaboradores vão precisar passar por exames de rastreamento todos os anos, mas é importante manter um acompanhamento com os profissionais de saúde para entender qual é a melhor conduta de cada situação.

Orientando os colaboradores a buscarem os exames indicados, e nos momentos certos, a empresa evita gastos do plano de saúde com procedimentos desnecessários. Uma solução é enviar, via comunicação interna, recomendações sobre quais exames são indicados a cada faixa etária.

Reforçar a descrição correta das doenças ou lesões preexistentes dos funcionários

A depender do tipo de plano de saúde contratado e do tamanho da empresa, os funcionários podem precisar preencher uma declaração de saúde. Nesse documento, deverá ser informada qualquer doença que a pessoa já tenha conhecimento, seja uma condição crônica, como diabetes ou cirurgias que tenha realizado no passado.

O preenchimento correto dessas informações afetará as carências para determinados exames e procedimentos referentes a essas condições e, caso não seja feita uma declaração correta, a ANS pode considerar fraude e levar à rescisão do contrato. Por consequência, a empresa terá de buscar outro plano de saúde para os colaboradores.

Incentivar o cuidado com as doenças crônicas

Colaboradores com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão ou qualquer doença que demande cuidados diários, podem se beneficiar de orientações sobre a manutenção dos tratamentos. Isso vale tanto para incentivos de tratamentos medicamentosos quanto para hábitos de vida mais saudáveis. As empresas podem contribuir com benefícios nesse sentido.

Procurar e estimular o uso de programas de bem-estar do plano de saúde

Confira com o plano de saúde se há programas de nutrição ou exercícios físicos oferecidos pela operadora e incentive os colaboradores a fazer parte desses grupos. Empresas cujos funcionários cuidam da própria saúde tendem a ter menos absenteísmo.

 

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