Sexta, 22 Novembro 2024

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Embora o cemitério da Consolação tenha sido oficialmente estabelecido em 15 de agosto de 1858, suas origens remontam a 1829, quando o vereador Joaquim Antonio Alves Alvim defendeu pela primeira vez a criação de um cemitério público na cidade. Local tradicional que recebe muitos velórios, homenagens póstumas e coroa de flores.

No passado, era costume enterrar os corpos dentro dos limites das igrejas. Essa tradição estava enraizada na crença de que a presença de santos nas proximidades facilitaria a jornada da alma para o Paraíso. No entanto, essa prática evoluiu desde então.

Do final de 1700 em diante, especialistas em saúde criticaram a prática descrita acima, argumentando que ela representa riscos significativos para o bem-estar da pessoa. Os frequentes surtos de doenças na cidade, juntamente com o manuseio contínuo de cadáveres dentro das igrejas, deram origem aos temidos miasmas, ou maus odores. Acreditava-se amplamente que esses miasmas eram a principal fonte de doenças durante uma época em que faltava a compreensão dos agentes microbianos.

O Cemitério da Consolação foi o único cemitério da cidade até a inauguração do cemitério do Brás em 1893. A partir da construção de mais dois cemitérios, o cemitério da Consolação tornou-se cada vez mais aristocrática: em 1871, o abastado empresário Antonio José de Melo encomendou a construção completa de um mausoléu na Europa, posteriormente remontado em São Paulo. Por um lado, o requinte, e por outro, mais concretamente, na sua asa traseira, o sepultamento dos mais pobres, incluindo os escravos, continua em sepulturas livres.

Com a prosperidade da aristocracia cafeeira e o surgimento da expressiva burguesia paulistana, passou a abrigar obras de escultores famosos que adornavam túmulos de famílias abastadas e figuras importantes da história do Brasil.

Em 2017, foi incluída na lista pela Resolução nº 08 do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (CONPRESP) da Cidade de São Paulo.

Neste espaços estão os túmulos de muitas personalidades da história de São Paulo, como Tarcila do Amaral, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Ramos de Azevedo, Marquês de Santos, Libeiro Badaro, além do Mausoléu Memorial da Família Matarazzo, considerado o maior mausoléu da América do Sul, com aproximadamente três andares.

Oferece visitas guiadas com hora marcada através do Projeto Tumular Arts, coordenado pelo governo local.

 

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