Entender sobre o signo de Escorpião, Plutão e a Casa 8 pode ajudar a lidar de forma construtiva com o luto e demais assuntos que tratam da finitude da vida
Lidar com o luto e as perdas costuma ser difícil para muitos indivíduos e ainda são assuntos que trazem um certo desconforto quando debatidos. Para a astrologia, abordar temas como esses pode ser decisivo para garantir evolução pessoal e espiritual.
O saber que estuda a posição dos astros no céu possui alguns elementos específicos que podem ensinar como lidar com as perdas e o luto de forma construtiva. Segundo a astróloga Cláudia Lisboa, as configurações de Escorpião, Plutão e da Casa 8 no mapa astral podem dizer sobre como cada indivíduo deve enfrentar assuntos que tenham a ver com a finitude das coisas.
As posições desses elementos podem ser obtidas fazendo um mapa astral grátis. Para obter o documento, é necessário apenas a data, o horário e o local do nascimento.
Signo de Escorpião: processos transitórios e regeneração
Todos os signos do zodíaco tratam de assuntos específicos que podem auxiliar na busca pela evolução. O signo de Escorpião fala de dois aspectos considerados tabus na sociedade e que podem ajudar na compreensão sobre a finitude da vida: o sexo e a morte.
Segundo Cláudia Lisboa esses dois pontos se relacionam por conta do ciclo da vida, pois embora a morte finde as coisas, o sexo vem para gerar um novo ser e manter a vida em funcionamento. Por esse motivo, a astróloga explica que o signo de Escorpião fala de aspectos transitórios, simbolizando as forças capazes de oferecer regeneração que traz a vida.
A partir dessa compreensão, dependendo das posições desse signo no mapa astral, é possível entender como lidar com as perdas e tudo aquilo que acaba um dia. Esse ensinamento é capaz de oferecer a superação necessária para aquilo que já se foi, trazendo assim mais força para continuar vivendo.
“Quando falamos de Escorpião, estamos tratando dos processos transitórios e das grandes transformações, principalmente aquelas que implicam em abrir mão de algo ou nas perdas que são naturais da vida. Escorpião trata exatamente do desprendimento e do desapego à materialidade, mas sempre pensando que é importante dar valor aquilo que é da ordem material, apesar de entender que tudo é passageiro. Essa é a grande missão associada ao signo de Escorpião”, explica a astróloga.
Plutão: perdas e processo de renascimento
Um planeta no mapa astral é capaz de auxiliar diante das perdas na vida cotidiana. Plutão é o regente do signo de Escorpião e, por esse motivo, trata de assuntos similares a ele.
Na mitologia grega, ele é Hades, o deus que reina nas profundezas, tendo a ver com as sementes que germinam a vida e o fim da existência. Segundo a astróloga, Plutão/Hades é aquele que reina no mundo dos mortos e guia as almas para o processo de purificação para o renascimento.
Sendo assim, o planeta fala sobre a morte, sendo ela física ou tudo aquilo que acaba, como separações e perdas. Cláudia Lisboa afirma que Plutão pode auxiliar a lidar com a morte, pois oferece um renascimento diante de uma mudança profunda na vida.
“Plutão tem a ver com os pavores diante da morte, mas toda experiência associada a esses lutos pode ser transformadora. A grande questão de nascer e morrer na astrologia é a possibilidade que temos de mudar nosso olhar, a vida como ela foi até então, de fazer uma limpeza em tudo aquilo que trazemos e deixar espaço nesse vazio para coisas novas”, aconselha a astróloga.
Casa 8: transitoriedade e transformação
Por fim, o último aspecto citado por Cláudia Lisboa em relação às perdas é a oitava casa do mapa astral. As casas astrológicas são áreas de experiências da vida capazes de ensinar assuntos diversos.
Segundo a astróloga, a Casa 8 tem analogia com o signo de Escorpião e também é regida por Plutão. Sendo assim, assuntos como luto, perdas, finitude das coisas e transitoriedade também aparecem em destaque nesse setor do mapa astral.
“A Casa 8 fala de experiências em que nós somos obrigados a nos separar. É sobre sair de uma cidade para outra, terminar um curso e ter que começar na profissão, deixar de ser criança para ser adolescente, deixar de ser adolescente para ser adulto e por aí vai. Esse setor fala das perdas que a gente tem, das separações e, finalmente, sobre a morte”, explica.
Uma leitura da Casa 8 permite aprender a lidar com as perdas para sair do luto e ir para um processo de transformação pessoal. “A oitava casa traz aqueles registros de situações que, por nossas escolhas, nós nos transformamos profundamente. É sobre também vivermos experiências que nos colocam diante do luto que, quando bem vivido, nos traz um espaço para uma nova vida”, finaliza.