Sábado, 23 Novembro 2024

Mulher sentada segurando a barriga

Sentir dores e desconforto na região da barriga é comum em algumas situações, mas quando o episódio ocorre de maneira frequente pode ser um sinal de alerta para a presença de uma doença inflamatória intestinal (DII). Segundo dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as condições que causam inflamações no intestino acometem cerca de cinco milhões de pessoas no mundo e não possuem cura.

Apenas nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento significativo no número de casos dessas doenças. Conforme informações divulgadas pela SBCP, com base em dados do DataSUS, de 2012 a 2020 o país apresentou um crescimento de 15% nos casos dessas patologias.

As DII mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Para ambas as condições, a cirurgia geral pode oferecer melhora na qualidade de vida do paciente, que necessita de cuidados especiais para conviver com a doença.

Causas e sintomas

Segundo a SBCP, as doenças inflamatórias intestinais mais recorrentes nos brasileiros são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. As duas condições, embora pareçam semelhantes, possuem diferenças entre si.

Conforme explica a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a doença de Crohn afeta predominantemente a parte inferior dos intestinos delgado e grosso, mas em alguns casos também causa danos em outras partes do trato gastrointestinal.

Essa condição é crônica, e segundo o portal, é normalmente provocada por desregulação do sistema imunológico. Pessoas que possuem a doença podem reclamar de dores abdominais, febre frequente, diarreia e, às vezes, sangramento retal. Ainda de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, alguns pacientes apresentam a perda de apetite e consequentemente perda de peso.

Já a retocolite ulcerativa, segundo os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, é uma doença caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que atingem a camada mucosa do cólon. A condição afeta diretamente o reto e também pode atingir regiões próximas à inflamação.

Assim como ocorre com a doença de Crohn, as pessoas com retocolite ulcerativa também apresentam diarreia, sangramento retal e dores abdominais, mas, além disso, podem ainda ter eliminação de muco nas fezes.

A condição pode iniciar em qualquer idade e em ambos os gêneros. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, há um pico de incidência em pessoas dos 20 aos 40 anos e um segundo pico em idosos.

Cirurgia geral pode ser uma alternativa de tratamento

Segundo a SBCP, o diagnóstico de uma DII pode ser feito de diversas formas. O médico pode solicitar a realização de exames laboratoriais, endoscópicos com biópsia e investigações radiológicas.

Conforme aponta a sociedade, não há cura para as doenças inflamatórias intestinais, mas quando o tratamento ocorre de maneira eficiente para o paciente, a condição pode entrar em estado de remissão, ou seja, controle do processo inflamatório e dos sintomas.

O órgão aponta que o tratamento conservador para as DII é dividido em indução da remissão e manutenção. Na primeira etapa, os médicos podem prescrever anti-inflamatórios tópicos, medicamentos injetáveis e corticoides. Na fase de manutenção, as medicações são as mesmas, mas podem ser associadas a imunossupressores e biológicos. Nessa segunda etapa, os corticoides são a exceção, pois podem causar efeitos colaterais.

Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn, a cirurgia geral pode ser uma opção de tratamento, dependendo do quadro do paciente. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é indicada apenas em situações de urgência, como obstrução ou sangramento.

De acordo com a associação, de 23% a 45% das pessoas com retocolite ulcerativa e até 75% de quem tem doença de Crohn eventualmente necessitarão de cirurgia. O diagnóstico precoce das doenças e o seguimento clínico rigoroso permitem uma redução nas taxas de operações.

No entanto, a intervenção cirúrgica também pode ser feita em outros pacientes, desde que autorizada pelos médicos. O procedimento costuma ser uma opção para quem não enxerga melhora com o uso da medicação prescrita.

De acordo com a Associação, alguns pacientes experimentam efeitos colaterais durante o tratamento conservador e outros se dão bem com os medicamentos durante um tempo. Porém, após um período, por razões desconhecidas, param de perceber progresso e voltam a apresentar sintomas.

Convivendo com a doença

Os pacientes que apresentam doenças inflamatórias intestinais precisam conviver com uma série de cuidados para minimizar as crises provocadas pela inflamação. Segundo a SBCP, bons hábitos alimentares são essenciais e podem ser usados para prevenir o desenvolvimento da condição e manter a remissão de pacientes controlados.

As orientações devem ser fornecidas pelos nutricionistas de equipe médica multidisciplinar, pois, conforme a gravidade da doença, a lista de exclusão ou inclusão de alimentos pode variar.

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, deve-se evitar ingerir bebidas alcoólicas, consumir produtos com cafeína e fumar. Também é benéfica a inclusão na rotina de um programa diário de exercícios físicos.

 

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