Sábado, 23 Novembro 2024

Poucos sabem dessa dualidade no sentido da palavra, mas o termo crepúsculo é a denominação que se dá tanto à iluminação crescente do amanhecer quanto à iluminação decrescente do anoitecer.

É interessante observar que o termo se apegou a este sentido: o que dá início à escuridão.

É comum o pessimismo. É um traço evolutivo e incita a autodefesa - muito necessária quando éramos nômades caçadores, mas, hoje em dia, com o conforto que a modernidade nos proporciona, não tão essencial, já que o máximo do que precisamos nos evadir no dia a dia de uma rotina comum, é de uma ligação de alguma operadora ou de algum correspondente bancário oferecendo serviços indesejados.

Essa comodidade que nos estagna na mesmice de nós mesmos, também abre espaços para oportunidades inimagináveis, levando indivíduos que, por conta do contexto social em que estão inseridos, não têm uma perspectiva muito além de suas imediações, mas conseguem conquistar o mundo de pouco a pouco, através da tela de um celular.

Sim! Passamos por um momento mórbido da história do planeta.

A hecatombe proporcionada pela pandemia de Covid-19 foi devastadora e a obviedade do pessimismo que isso gera é o caminho natural para se passar pelo luto.

A ideia não é relativizar o momento ruim que vivemos, tão pouco utilizar deste texto para passar alguma ideia de falso alto astral e vender um sentimento barato de que tudo dá sempre certo no final.

O propósito do texto em tela é discorrer sobre uma pequena parcela da revolução que a pandemia causou no mundo, em algumas áreas, de forma inesperada, e, por incrível que possa parecer, benéfica.

Comodidades da Digitalização no Dia a Dia

A internet já havia estabelecido sua majestade no cotidiano de grande parte do mundo, e seja da forma que for, todos aqueles que tinham acesso a direitos básicos de existência, já detinham plenos poderes de gozar de tudo que as maravilhas do mundo digital dispunha.

Vamos ser sinceros: Nada mais fácil do que chegar em casa do trabalho, sentar-se no sofá e ligar sua tv, conectada por um receptor de tv via internet ou numa versão smart e colocar um vídeo no Youtube, uma série na Netflix ou, até mesmo, assistir uma stream de algum jogo que você gosta na Twitch.

Quem aqui não procurou, durante a pandemia, alguma atividade nova e completamente nova pra fazer? Vídeos ensinando a fazer crochê, pão caseiro, curso de barista, ou até aprender um novo idioma, por exemplo.

A lista de possibilidades é enorme, mas depois de explorar um pouco, sempre voltamos à nossa zona de conforto. Principalmente, em momentos assim.

E foi aí que a pandemia abriu um leque enorme de oportunidades de ascensão para pequenos criadores de conteúdo, que muito se beneficiaram do marasmo que passar anos enclausurados dentro de causa gerou.

Novos Tipos de Conteúdo Revolucionaram o Universo do Entretenimento

Foi na levada do isolamento social que abriram-se espaços para pequenos criadores de conteúdo, muitos sem câmera, só gravando a tela do celular ou do computador, microfone para interagir com o chat e muita habilidade.

Com muito pouco para investir, mas com muita criatividade, eles ganharam admiradores fieis que estavam viúvos dos grandes eventos de e-sports, como o mundial de leagueoflegends ou o major sports (campeonato mundial de CS-GO).

A evolução do entretenimento

Na última década, a internet já vinha se consolidando como fonte inesgotável de conteúdos, e isso se tornou um grande atrativo para empresas de todos os tamanhos.

Quando a possibilidade de monetizar um vídeo de opinião, gravado com uma câmera de 200 reais, do quarto de sua casa, se tornou mais evidente, o boom aconteceu, e a perspectiva do que era ou não entretenimento entrou em cheque.

A divisão que a televisão tentava instaurar, desde o surgimento dos primeiros vídeos caseiros, nos meados dos anos 90, com os irmãos Piologo, foi pro espaço.

É nessa toada que o seu vizinho, de uma hora para outra, está viajando para Miami, para jogar um campeonato de “joguinho” de celular.

Visualização de oportunidades, quase democráticas

A democratização da criação de conteúdo e o acesso a oportunidades iguais, que a internet gerou, são levantes da sociedade contra os meios tradicionais de mídia, que propagam, desde sempre, ideias inalcançáveis sobre um estilo de vida inexistente, de quando vivíamos quase uma encenação da teoria de Adorno e Horkheimer da Indústria cultural.

Deve ser, no mínimo, ultrajante para os detentores dos meios tradicionais (e, talvez, ultrapassados) de produção de conteúdo, terem menos influência que uma pessoa que vem de uma pequena vila no interior de algum Estado, que nem jogando o endereço no CEP Correios você consegue descobrir onde mora.

São nessas lacunas de oportunidade, muitas vezes só enxergadas diante do caos, em que a criatividade floresce.

Foi durante momentos de grande pesar que muitos se viram pressionados, pelo desespero, a desenvolver o que tinham de mais poderoso dentro de si.

Infelizmente, nunca, nada compensará os danos que a pandemia trouxe às famílias e à sociedade, como um todo, mas, de forma um pouco (bem pouco) confortante, algumas pessoas tiraram forças de lugares quase mágicos, para superar, pelo menos em partes, os danos que um período tão cruel e incompreensível causou.

 

 

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