Sexta, 29 Março 2024

O mercado interno em crise ainda apresenta uma série de adversidades para as PMEs, porém uma virada no cenário começa a ser notada

Assunto recorrente em noticiários, os desdobramentos da atual crise econômica brasileira são sinônimos de alerta para a categoria financeira e todas as suas vertentes. A análise de perspectivas é metodologia fundamental para aqueles que procuram manter um empreendimento em atividades plenas, garantindo sobrevivência competitiva satisfatória.

Essa temática é ainda mais relevante quando se trata de micro e pequenas empresas. O mercado para pme segue, consequentemente, as tendências e flutuações relativas a variabilidade do setor comercial, ainda que possua certas restrições e autonomias.

A realidade é que, segundo pesquisa publicada pelo Sebrae no primeiro semestre deste ano, as PMEs representam mais de 98% do mercado, sendo responsáveis diretas pela garantia de mais da metade do empregos formais do país, gerando, entre janeiro e julho, 90% das oportunidades de vagas.

Apesar da incontestável importância, essa enorme parcela necessita contornar uma série de adversidades para conseguir se manter viva – e produtiva. Por aqui, a média de permanência atuante de pequenos e médios empreendimentos é de apenas 2 anos, sendo uma expressão numérica preocupante.

Adversidades para pequenos e médios empreendimentos

Ainda segundo o estudo, os principais motivos para o encerramento de atividades são causas relacionadas ao mal planejamento organizacional e, sobretudo, à falta de obtenção de créditos – para essa justificativa, cabe ressaltar os exorbitantes impostos cobrados e a enorme burocracia envolvida nos processos.

No último ano, 85% das pequenas empresas não conseguiram a aprovação para aquisição de empréstimos, enquanto 88% mantêm-se apenas com uma taxa de recursos próprios (a grande maioria limitados).

Outro expressivo dado, apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), vai ainda na contra-mão dos já referidos: 84% das PMEs não possuem a pretensão de tomar créditos, independente do meio, justamente pela complexidade processual e pelas elevadas taxas de juros cobradas.

Assim, em grande parte dos casos, a solução possível recai sobre fontes alternativas e desenvoltura administrativa, o exaurido “jeitinho brasileiro”.

A melhor adaptação, porém, quando cabível, é a instauração de processos alicerçados sob a Indústria 4.0, que tem se apresentado como o grande diferencial da atualidade, fomentada, cada vez mais, pelas opções de conveniência e agilidade (fintechs, ERPs, canais digitais etc.).

Necessidade de planejamento estratégico

Concepções visionárias arriscam dizer que tempos de crise são caracterizados por ameaças e oportunidades, podendo ser, ainda assim, um momento propício para determinados negócios.

Com o abalo estrutural e mercantil de grandes companhias e multinacionais, causando precariedade produtiva e aumento de preços, as pequenas e médias empresas podem ser uma boa aposta comercial, uma vez que fogem das configurações tradicionais e apresentam itens mais específicos, direcionadas para determinado público alvo.

Tudo dependente, dentre outros fatores complementares, do planejamento de gestão aplicado juntamente da administração financeira ideal, que irão refletir plenamente na produtividade organizacional e no desempenho pessoal.

Além de acompanhar as variações do mercado nacional e mundial, o gestor deve empenhar-se na análise SWOT, ferramenta administrativa que objetiva o exame dos pontos críticos (fortes e fracos) internos e das conjunturas externas (oportunidade, ameaça, notícias etc.). Dessa maneira, é possível elaborar um planejamento de maior consistência e confiabilidade.

Compreender fatores de fora para que o empreendimento funcione de acordo com exigências e demandas (que se alteram constantemente) é indispensável para o crescimento de qualquer negócio. Estudar concorrentes, assimilar as necessidades do cliente e, principalmente, propor soluções e medidas práticas – a realidade é mais selvagem do que a prática, por isso esse fator é de extrema relevância.

Novos ares

A chegada do fim de ano anuncia expectativas mais positivas para o mercado interno. As possíveis novidades levam investidores a definir posicionamentos mais consistentes dentro das atividades comerciais nacionais, influenciando perspectivas das PMEs.

Aprovada recentemente a reforma da Previdência Social, o foco agora são os novos planejamentos financeiros, que, conforme se espera, serão mais competentes para ajustar, paulatinamente, as contas públicas, indicando retomada gradual do crescimento econômico.

Por enquanto, o aquecimento interno é recorrente da promoção de vendas do dólar e de ações, trazendo o aumento de capitais como consequentes lucros requeridos nas recentes altas.

Três fatores são revelados como principais causas animadoras: a diminuição das tensões entre os Estados Unidos e a China; a finalização do processo de reforma da Previdência (fomentando o otimismo entre investidores); a espera acerca da entrada de uma grande quantidade de dólares (estimado em R$ 50 bilhões), advindos também da concessão custosa de petróleo retirado do pré-sal.

A tímida virada nas perspectivas financeiras gera um movimento de otimismo para grande parte do setor comercial, sobretudo da PMEs, que necessitam da obtenção de créditos.

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