Domingo, 28 Abril 2024

Muitos já leram o livro "A Teoria do Caos". Poucos, entretanto, teriam a capacidade de criar a prática do caos. Mas é exatamente isto que estão conseguindo fazer no trânsito das grandes cidades, em especial na cidade de São Paulo.

Alguém com um pouco de conhecimento entende a lei da física que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Os prefeitos de algumas cidades querem revogar essa lei, assim como há algum tempo, um prefeito de uma pequena cidade queria eliminar a lei da gravidade.

Nas principais avenidas e ruas das cidades estão sendo reduzidas as larguras das faixas de circulação. Assim, onde antes trafegavam três carros passam a andar quatro carros. Eles quase se chocam. Havendo um buraco no asfalto - e sempre há - não é possível dele se desviar com o risco de se chocar com o carro vizinho. Inevitavelmente, a velocidade fica reduzida, e, por conta de outra lei da física, a velocidade máxima está sempre limitada àquele que está imediatamente à sua frente. E os congestionamentos só aumentam.

Foto: http://viatrolebus.com.br

Carros são espremidos na Avenida 23 de Maio, enquanto corredor de ônibus é subutilizado

A criação de faixas exclusivas para ônibus poderia ser uma melhoria se fosse tratada com um mínimo de inteligência ou com um mínimo de pensar em servir a todos e não somente a uma parcela que usa ônibus para se deslocar. Algumas faixas ficam sem uso mais de 50% do tempo por que não há demanda ou porque não há ônibus suficientes para atender a demanda.

Essa faixas sem planejamento (ao contrário de Curitiba) criam o caos quando os ônibus precisam cruzar as ruas para conversões fechando completamente o transito.

Se alardeia que os ônibus fazem trajetos na metade do tempo de antes da existência das faixas. Pode ser verdade. Em compensação os outros automóveis, neste grupo incluindo taxis, que também são um meio importante de transporte público, passam a fazer os trajetos com o triplo do tempo.

Os políticos dizem que com isto se reduz a emissão de poluentes dos ônibus, mas não dizem que se aumenta muito o despejo de CO2 pelos automóveis, resultando em acréscimo de poluição.

Hoje ví uma publicidade da CET perguntando se a gente quer proibição dos pedestres no uso das ruas ou proibição dos veículos. Publicidade macabra que aponta o automóvel, ou o caminhão como um mal. É a montagem macabra em andamento. Nos melhores países do mundo há lugar para todos e todos obedecem as leis e os governos cuidam de todos. Será que o prefeito esquece que o número de carros é quase a metade da população. Será que se esquecem que as indústrias automobilísticas são um grande motor da economia e que o PT chegou a reduzir o IPI para que mais gente comprasse carro. O problema é que não pensaram na infraestrutura que os pudesse suportar

Se com o transporte coletivo fosse possível alguém chegar ao seu destino de forma civilizada, sem ser roubado no caminho, sem ficar amassado, sem ser pisoteado, sem ficar fedido, sempre, e ter sempre uma frequência adequada às suas necessidades nada haveria de se reclamar. Entretanto, não é isso que acontece.

Para mostrar que a questão é muito mais populista que técnica, a atual prefeitura corre agora atrás de fechar estacionamentos pela cidade de São Paulo. É como se quisessem punir os proprietários de automóveis. Esses burgueses, sempre eles são os culpados por tudo. O pior é que outras cidades começam a copiar o que está errado.

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