Segunda, 13 Mai 2024

A entrevista feita pela BBC com a escritora Hsiao-Hung Pai traz à tona, mais uma vez, o problema do trabalhador na China. Ao mesmo tempo que este país cresce, em média, 10% ao ano nas ultimas três décadas, apresenta um contingente de desempregados ou subempregados de 200 milhões de pessoas ou mais de 30% da população economicamente ativa.

Pode-se dizer que, percentualmente, esse índice está próximo do da Grécia, que ultrapassa 26% (em agosto de 2012 oficialmente era 25,4% e continua crescendo) ou da Espanha onde é maior que 23% (em dezembro de 2011 era, oficialmente 22,85% e continua crescendo), ambos pertencentes à zona do Euro.

A questão é que na Europa, assim como na maioria dos países ocidentais, o subemprego é em pequeno numero se comparado à China.

Os baixos custos de produção chineses estão baseados em: baixa remuneração salarial, trabalho sete dias por semana, compras em quantidades enormes o que dá poder de negociação de baixos preços internacionais, mínimas garantias sociais e de saúde, e em grandes investimentos em educação e em infraestrutura. Isto pode ser garantido por um regime político de ditadura de partido e por sua orientação inicial de produção para exportação.

Boa parte dos problemas atuais da Europa é devido à ganância por lucro. Transferência completa de fábricas para China, a fim de ter produtos mais baratos. Com isso, boa parte dos problemas chineses é também culpa do ocidente.

Espera-se que a nova política chinesa seja de expansão interna. O 12º Plano Econômico Quinquenal anuncia um aumento do salário mínimo. Com isso, deve ser mantida uma elevada taxa de crescimento independente do mercado externo, mas com consequências inflacionárias internas. Como tais efeitos, as multinacionais começam a deslocar suas fabricas para outros pontos do planeta onde o custo de produção seja ainda menor, como Bangladesh. "Está ficando caro produzir na China", explica Shaun Rein, autor do livro The End of Cheap China.

Com o tamanho da reserva financeira da China, com seu povo com mais educação, com infraestrutura eficiente e com o tamanho do mercado interno ainda carente, é de se esperar que a qualidade de vida seja crescente, e como sempre acontece por lá – rápida.

A pergunta que aparece é “qual o futuro de um governo de único partido quando mais gente tiver acesso à educação e às trocas internacionais de cultura?”.

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