Neste momento em que começa uma nova rodada de encontro para discussão do meio ambiente da ONU, a COP 17, gostaria de chamar ao debate os aspectos menos relevados nessas reuniões globais: as emissões de CO2 dentro das cidades causadas pela movimentação de veículos.
Algo que nos chama a atenção é que os países em desenvolvimento brigam para que as metas de redução de emissão de poluentes na atmosfera não sejam apertadas, com a argumentação, valida ou não, de que para maior crescimento é necessário poluir mais que defino como parte da macro logística, junto com portos e aeroportos, enquanto deixam passar oportunidades de tratar da micro logística, aquela do interior das cidades.
O artigo 225 da Carta Magna, diz que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”
Nas cidades, especialmente nas de médio e de grande porte, boa parte do ar de má qualidade que respiramos é devida a emissão de gazes pelos escapamentos dos automóveis, ônibus, motocicletas e caminhões.
São Paulo apresenta trânsito caótico e falta de organização
Como reduzi-las parece um bicho de sete cabeças, mas algumas medidas simples, talvez custosas, podem ajudar.
A velocidade média de um carro na cidade de São Paulo é de menos de 20km por hora. Se passasse para 40 km /h teríamos próximo da metade de poluentes emitidos. Portanto é preciso aumentar o fluxo. Propomos:
1) Eliminar os ônibus articulados cujo tempo de sair da inércia é maior que o de um ônibus normal
2) Eliminar as lombadas e colocar em seus lugares medidores eletrônicos de velocidade pois antes da lombada a velocidade cai quase a zero.
3) Eliminar as ilhas em esquinas ( especialmente aquelas em ruas de mão única) e em seu lugar pintar no chão faixas para quem quer entrar numa transversal
4) Arrumar o asfalto, acabando com os buracos, pois antes de cada buraco o motorista reduz a velocidade.
5) Criar estacionamentos públicos sob as ruas, de tal sorte se possa deixar todas as vias livres ao movimento, como nas melhores cidades do mundo.
6) Reavaliar os semáforos de toda a cidade.
Para tudo isto é preciso algum dinheiro, mas principalmente capacidade de planejamento e execução dos órgão competentes e principalmente vontade política.
Ao contrario o que se vê são ações pontuais desprovidas de lógico e jogando dinheiro público no lixo, como por exemplo a pintura de faixas para bicicletas, em São Paulo, sendo que há tantos defeitos na pista que se torna impossível andar de bike nos asfaltos avermelhados.