Terça, 14 Mai 2024

A política externa brasileira caminha na contramão. Desde os idos de dom Pedro até por volta de 1970 o Brasil exportava e importava menos de US$ 5 bilhões. A partir dessa época passamos a exportar e também a importar em progressão geométrica.

Entretanto, esse crescimento foi menos da metade do crescimento de exportação e de importação que se deu no resto do mundo.

Por isso se explica que, enquanto na década de 50 participávamos com mais 2% tanto na exportação quanto na importação, hoje chegamos com muito esforço a 1% em cada direção de negócio internacional.

Junto conosco caminham os outros amigos do Mercosul, sendo que a Argentina apresenta quadro ainda pior.

Parte importante dessa queda na participação global se deve a falta de competitividade em preços, resultado tanto de uma falta de preparo das nossas empresas, acostumadas a mercado fechado ou quase, até o fim do governo militar, como de uma clara falta de uma política de desenvolvimento visando o mercado mundial.

A busca frenética, pelo governo atual, para aprovação de acordos globais dentro da OMC foi tentada sem sucesso. Durante todo o tempo o Brasil procurou apoiar a China e a Índia, e quando da votação dentro da OMC a Índia recuou jogando por terra todo o esforço brasileiro. Enquanto isso, como é sabido, países como Chile (para ficarmos dentro da mesma região) fecharam acordos bilaterais proveitosos.

Também está sendo política do governo petista apoiar nossos vizinhos do Mercosul, tentando negócios em bloco. Entretanto, dentro do mesmo bloco as desavenças são constantes, especialmente com a Argentina, o único com algum peso importante, que seguidamente impõe barreiras como quotas máximas para nossas exportações, enquanto privilegiam os chineses.

As viagens do presidente Lula à África somente fez bem ao seu prestígio internacional, mas pouco resultou em favorecimento ao nosso comércio internacional. Vejam que a China fez também intervenções nesse continente, porém foi para dominar a região com suas empresas, isto é, a China fez investimentos produtivos e não apenas política de boa vizinhança esperando que no comércio fossem retribuídos os comprimentos de mãos amigas  e brindes com Champanhe.

Com relação à América do Sul a posição política brasileira tem sido desastrosa. O governo insiste em apoiar Chavez e Evo Morales, mesmo que esses façam de tudo para serem contra nós, tomando empresas, não cumprindo contratos, etc, como também quando o insipiente governo do Equador levanta a voz e toma ações contra nós e nada é feito.O mesmo acontece com a Argentina que não respeita acordos dentro do grupo do Mercosul. Ao contrário, damos tapinhas em suas costas. Por que?

Porque há ainda dentro do governo petista uma característica de complexo de irmão menor.

O nosso governo vive brigando com os Estado Unidos e com a Europa, e se unindo a quem também, complexado como nosso governo, luta contra os maiores.

Ou seja, estamos brigando contra quem justamente tem a capacidade de nos ajudar a criar mais mercado para nossos produtos. Por outro lado as nossas importações têm sido cada vez mais intensas desse grupo dos países ricos, incluindo-se a China e a Coréia. Mais recentemente importamos também altos executivos de empresas globais aqui instaladas.

Parece mais a luta inglória do capital x trabalho, que alguns ainda insistem em consagrar como modus vivendis ideal da política partidária sendo levada a política pública.

Quanto mais achamos que o capital nos ameaça, e mais encolhidos ficamos, ao invés de discutirmos como grande potência, mais realmente o capital estrangeiro nos domina.

O México deixou de reclamar do USA e fechou o acordo do Nafta, como consequência exporta mais do que o Brasil, e de lambuja ganhou privilégios de acordos do Nafta com a zona do Euro.

E nossa política externa favorece quem não nos ajuda, e quem muitas vezes nos atrapalha.

O problema é que enquanto outros países avançam, ganhando mercado, nós ficamos parados. Ganhar mercado global é dificílimo e mais complicado ainda é recuperar um mercado perdido. São necessários muitos anos de árduo trabalho, sem erros.

Portanto, mais uma herança ruim que será deixada pela política internacional do governo atual.

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