Terça, 14 Mai 2024

O presidente Lula pretendeu inflamar todos nós para que não deixássemos de comprar, quando do início da crise econômica no final do ano passado.

 

Até poderia ter boa intenção, conforme comentei em artigo anterior. Agora, porém, a crise se instalou, de vez, na economia real também no Brasil. O que fazer?

 

Milhares de postos de trabalho estão sendo eliminados, com baixa possibilidade de serem reativados em curto espaço de tempo. O pior é que, em grande parte, são de empresas primárias ou secundárias na cadeia produtiva.

 

Isso, infelizmente, não está acontecendo somente aqui. Todos os países entraram em rota de redução de postos de trabalho.

 

Qual cidadão, por mais patriota que seja, vai encarar um financiamento de longo prazo, tendo a insegurança de trabalho na sua porta?

 

Seguramente poucos se arriscarão a ter um carnê mensal de pagamentos a não ser daquilo que seja essencial a sua sobrevivência.

 

A geladeira velha, conserta-se.

 

O fogão enferrujado, pinta-se.

 

A pintura da casa descascando, deixa descascar.

 

Assim, a roda da economia gira no sentido contrário à do crescimento.

 

Como resolver esse problema afinal? Uma solução sempre conhecida é deixar como está para ver como é que fica. Ou seja, dar tempo para que paulatinamente a economia se recupere e o espírito de comprador, existente em cada um de nós, ressurja vigoroso. Mas não é esse o caminho que está sendo seguido por quase todas as nações.

 

Outra solução é o socorro governamental para que muitas empresas não quebrem, como no modelo americano de ação Bush.

 

Não enxergo nesse caso a criação de milhares de empregos, mas sim o pagamento de débitos dessas empresas, em geral junto aos bancos.

 

O plano do Sr. Obama também implica em programas que não devolvem a calma ao mercado comprador. Parte de toda a dinheirama ainda vai para ajudar mais bancos, outra para reduzir impostos. Quem paga imposto é que ganha dinheiro, portanto de empregados a patrões, mas não desempregados.

 

A parcela de verba destinada à infraestrutura, esta sim, deve gerar mais empregos, porém ainda não suficientes para jogar a economia de volta aos trilhos de forte crescimento. É, portanto, o governo direta ou indiretamente que está dando empregos e isso, como sabemos, é limitado e no longo prazo não recomendável. Ter o governo como estimulador único desanda a economia.

 

Se assim não fosse, todas as repúblicas socialistas (comunistas) estariam bem e não teriam quebrado ainda bem antes das repúblicas liberais. Ainda assim essa é uma propositura positiva contra a crise.  No caso brasileiro, temos o PAC que por questões burocráticas, ou jurídicas ou mesmo de corrupção não deslancha.

 

O pior é que esses auxílios de governo vão chamar, indubitavelmente, uma fobia protecionista para as empresas locais.

 

Explicitamente temos o caso do próprio pacote americano, em votação no Senado, exigindo que as compras de aço seja feita de empresas americanas, ou ainda o Brasil com subsídios para exportação.

 

Não há qualquer dúvida que isso vai acontecer naturalmente, porque nenhum governo vai colocar dinheiro público para ajudar outros países. Isso seria uma insanidade política e poderia causar tormentos sociais gravíssimos. Aliás, já foram observados movimentos populacionais em países da Europa, suicídios e famílias inteiras nos Estados Unidos, governos há pouco aplaudidos sendo destronados, como na Islândia, ou na Grécia.

 

Nós próprios fomos vítimas do protecionismo da época da ditadura que causou atrasos tecnológicos enormes e fortes dificuldades financeiras, quer no âmbito de governo quer no familiar.

 

Para se minimizar os efeitos maléficos do protecionismo é preciso uma vontade conjunta e uma aceitação de abertura maior nos negócios entre países. A rodada Doha pode ser o cominho. Nesse caso o Brasil que lutou sempre no sentido de ações globais pode ter papel de liderança, especialmente porque mostrou que um sistema financeiro fortemente regulamentado pode ser bom para a economia. De qualquer forma, a regulamentação de sistemas é função de agencias que qualquer governo deve apoiar e auditar.

 

Regulamentações são importantes no modelo liberal para reduzir os exageros.Conforme disse o arcebispo sul africano, Desmond Tutu, deve-se aplicar á vida e à economia valores humanos de dignidade, generosidade e solidariedade.

 

Ética nos negócios é ponto de partida para a recuperação. Por isso ela vai ser muito demorada.

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