Terça, 14 Mai 2024

Pitágoras, filósofo e grande matemático grego, nasceu na ilha de Samos, na Grécia, em 550 antes de Cristo. Foi ele quem descobriu a famosa relação existente entre os lados de um triângulo retângulo, isto é, que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos, até hoje utilizada em milhares de cálculos em engenharia.

 

Também foi ele que, segundo descrito nos livros, descobriu que uma corda, quando pressionada ao meio e tocada, emitia um som exatamente uma oitava acima da mesma corda, quando tocada solta. Assim, pode-se dizer que, graças a ele, podemos hoje tocar todos os instrumentos de corda, como violão, violino, cavaquinho, etc.

 

Mas o que me faz trazer à lembrança esse gênio é que é atribuída a ele a frase: “A honestidade é o olho de todas as virtudes”. Parece que esses três milênios, decorridos desde seu nascimento, não foram ainda suficientes para que o ser humano entendesse, ou melhor, praticasse essa máxima. Especialmente aqui, no nosso País, parece que ser honesto é sinônimo de ser bobo.

 

Mentir, enganar, ludibriar e fingir são verbos mais adequados para descrever o que está se passando, e diga-se não há pouco tempo, na nossa terra.

 

Pero Vaz de Caminha não quis mentir quando chamou o Brasil, inicialmente, de ilha. Ele não tinha conhecimento do todo. Portanto, não se pode admitir que essa onda de mentiras seja hereditária.

 

O pior é que o exemplo vem de cima. Vem daqueles em que se deveria esperar fossem apontar com seus gestos, com seus atos, o caminho do correto.

 

A mensagem de fim de ano do presidente Lula, embalsamado nos índices de popularidade, nos impelia a acreditar que ele, assim como todo seu governo, tivesse aprendido a lição sobre o que é governar em democracia, logo após a derrota da proposta de continuidade da CPMF.

 

Ele tentou, antes da votação do Senado, mudar o objetivo do uso dessa contribuição, passando a dizer que iria utilizá-la, em sua maioria, para melhoria da Saúde, para cujo destino ela houvera sido criada no governo anterior, e tão rejeitada na época pelo PT. Depois tentou novamente oferecer cargos. Perdeu.

 

No seu discurso natalino afirmou que a arrecadação perdida de 40 bilhões de reais fora ruim, mas que mesmo assim 2008 seria muito melhor para o povo brasileiro, confirmando que não haveria aumentos de impostos ou taxas.

 

Como em qualquer família, esperava-se que como a receita estaria diminuída, o jeito era reduzir as despesas. Mas, mantendo o ritual de mentiras, o governo, por intermédio de seu ministro das finanças, anunciou no primeiro dia útil do mês de janeiro que o IOF e a CSSL de bancos seriam brutalmente aumentados, assim como aumentariam os custos de importações diversas, o que estaria contrariando acordos internacionais com repercussões extremamente negativas.

 

Foi a primeira grande mentira do ano. O mais perspicaz foi que esse anúncio, dado no dia 2 de janeiro, pegou a maioria em férias, desligado de tudo. Quando se voltar ao trabalho, tudo estará esquecido e a popularidade intocada.

 

Lembrei também dos tempos do regime militar, com alta inflação, quando os aumentos de bens ou serviços controlados ou administrados pelo governo, eram anunciados na sexta-feira após o final do expediente. Depois do churrasco e da cerveja do fim de semana, tudo estaria esquecido.

 

Esse governo faz o mesmo daquele que tanto combatia. Poder-se-ia esperar que o Senado, após essa demonstração de força e união até de governistas à oposição, apontaria para o caminho da retomada do correto. Ledo engano. Dias depois, engaveta todos os assuntos referentes ao senhor Renan Calheiros, como se, num passe de mágica, ele nada de irregular tivesse cometido. Ao mesmo tempo, o provável candidato à presidência do Senado, senhor Sarney, tem um de seus filhos sendo investigado pela polícia, por uso ilegal de dinheiro.

 

Como o exemplo vem de cima, o que acontece no dia-a-dia da população é apenas uma repetição da bandidagem. Ligo a televisão e vejo os jornais, todos. Eles apresentam inúmeras reportagens de roubos, mortes, assaltos, mais mortes, de drogas, e mais mortes, de gente honesta com medo de sair de casa. Não disse que ser honesto é ser bobo?

 

Parece-me que a quantidade de coisas ruins só tem aumentado. Cadê o exemplo do bom, do justo, do correto?

 

Meu pai me dizia que o único jeito de ganhar dinheiro é com o trabalho. No entanto, escuto dizerem que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro.

 

Afinal, quem tem razão? Prefiro acreditar, de forma otimista, que é o trabalho que enobrece e garante renda ao homem.

 

Prefiro acreditar que num breve futuro os nossos governantes serão descentes e que com seus exemplos todos acreditem que é bom ser honesto.

 

Vejo a polícia e as promotorias públicas pesquisando, descobrindo e expondo muitos, com suas falcatruas, independentemente de suas posições sociais ou políticas. Isso é bom.

 

Vejo que a Justiça começa a dar respostas menos demoradas à sociedade. E isso é bom.

 

Vejo que há muitos dispostos a reverter o quadro de erros. E isso é bom.

 

Porém, os que ainda são escolhidos pelo povo são os mais distantes dessa mudança. Continuam trabalhando pouco, ganhando muito direta e indiretamente. Isso é ruim. Será que o povo não sabe votar ou será que as mentiras são tão bem elaboradas que engana a maioria?

 

E o presidente disse que 2008 será um ano melhor para todos. Vamos torcer e trabalhar para que o seja.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome