Segunda, 13 Mai 2024

Dom João VI fugiu de Portugal em 1808 quando entendeu que Napoleão entraria em sua terra e a dominaria. Fugiu para o país que era sua colônia muito atrasada, instalando-se no Rio de Janeiro.

 

Nesse período em que cá esteve realizou a conhecida abertura dos portos, ato esse que permitiu que nos anos seguintes o país tivesse um dos momentos de melhor qualidade de vida média do brasileiro médio, quando o mercantilismo se sobrepôs ao colonialismo favorecendo a livre iniciativa e reduzindo a participação do estado na Economia. No entanto foi um período em que a balança comercial nos era desfavorável, tendo sido equilibrada a partir da exportação do café.

 

Em 1821, dom João retornou a Portugal deixando seu filho dom Pedro I que manteve essa trajetória e mais tarde, não querendo assumir a coroa portuguesa, ou cansado da exploração do Brasil, veio a declarar nossa independência.

 

Verdadeiramente brasileiro foi seu filho dom Pedro II que governou o país, como imperador, durante quase 50 anos a partir de 1840, na verdade ainda criança teve essa responsabilidade. Nesse período foi cercado por tutores intelectuais, patriotas, que realmente comandaram o país.

 

Pode-se, por isso, especular se o dirigente maior de um país precisa ser ótimo, ou se basta, a ele, estar cercado por tutores, curadores ou assessores da mais alta qualificação pessoal e pública.

 

Dom Pedro que amou tanto nossa pátria, a ponto de levar um punhado de terra quando foi deportado, foi um exemplo de dirigente.

 

Não era um homem brilhante, mas deixou legados importantes e que deveriam ser seguidos, ou minimamente considerados pelos atuais dirigentes.

 

Lutou pela aprovação de leis com o fim do tráfico de escravos, do ventre livre  e dos sexagenários contra um parlamento de conservadores e liberais da época, contrários a tais movimentos.

 

Declarou guerra ao Paraguai, quando seu ditador insultara nosso país, rompendo relações diplomáticas e tentando invadir Mato Grosso.

 

Como imperador, dom Pedro II foi exemplar, se dedicando quase que exclusivamente a serviço da nação e seguindo sempre dentro da lei.

 

Garantiu a liberdade de imprensa, mesmo quando essa lhe era desfavorável.

Sofreu ainda criança pela ausência do pai e da mãe, mesmo assim foi bem educado e tornou-se um adulto de valores éticos e morais exemplares.

 

Principalmente herdou de seu avô a capacidade de saber se cercar de homens valiosos, e de dispensá-los quando não conviessem.

 

O que temos hoje, infelizmente, não copia o que tivemos de bom do passado. Alias estudar o passado nos permite analisar o bom e o ruim de forma não emocional e não partidária, em geral.

 

Senão vejamos alguns exemplos: O presidente Hugo Chávez insulta a nossa assembléia, nos intimida em relação ao Mercosul, leva doentes brasileiros para serem tratados fora do nosso país e ainda é chamado de amigo e recebido como herói tanto aqui como na Argentina.

 

O Mercosul junta países sem a menor intenção de trabalhar em conjunto, e, enquanto isso, ficamos sem qualquer relação comercial mais ativa.

 

Uma ministra indica atividades sexuais como forma de o povo encarar um sério problema, não resolvido pelo governo e continua a ter total apoio.

 

Várias manobras já foram tentadas para reduzir a liberdade total da imprensa.

A ética de governo atual é página virada e molda gradativamente a vida do cidadão comum. Um rasgo de esperança foi a enorme e estrondosa vaia que se escutou no Maracanã quando anunciaram os nomes do presidente Lula e do seu amigo, o governador do Rio de Janeiro, na abertura dos jogos Pan-Americanos.

 

 É bom lembrar que dom Pedro II, dentro do que a lei a ele permitia, dissolveu a Câmara dos Deputados, que havia sido eleita graças a fraudes de toda ordem e violência, apenas oito meses após tomarem posse.

 

Nosso governo está cercado de assessores, ministros, chefes de empresas estatais que nada lembram os tutores de dom Pedro.

 

Nossa assembléia deveria ser 99% substituída por pessoas mais éticas e/ou preocupadas com o povo, com a pátria. Os restantes 1% são os porteiros e os que servem café e água.

 

O único movimento que nos faz lembrar parte do que fizeram nossos imperadores foi a abertura dos portos pelo ex-presidente Collor. Acontece que na época do império simultaneamente se começou a investir na estrutura da economia agrícola brasileira, na construção de estradas de ferro e indústrias, no aparelhamento dos portos, no equilíbrio das finanças externas, sem sacrificar as importações. Claro é que havia interesse externo nessas obras, notadamente o interesse da Inglaterra. Agora o interesse maior é dos Estados Unidos, herdeiros dos ingleses, em língua e em ingerência externa.

 

O que importa é que agora sabemos ler a história e podemos fazer investimentos baseados em nosso interesse.

 

Novamente recorro a como dom Pedro II olhava a administração pública; como uma forma de servir ao seu povo e não para utilizar apenas o poder para proveito próprio. Tanto é que dom Pedro II não se enriqueceu no trono, ao contrário empobreceu.

Minha avó, moradora na cidade de Santos a maior parte de sua vida , quando já no alto de sua sabedoria, tinha uma colocação muito interessante. Ela perguntava se os políticos nada ganhassem pela suas atuações, se haveria alguém que fosse trabalhar apenas pelo bem comum. Coisa de gente de antigamente, pena que não volte a história naquilo que havia de bom. Felizmente há alguns poucos abnegados. Estamos salvos.

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