Durante séculos o meio ambiente foi entendido enquanto apenas natureza; sendo esta , considerada por um grupo sagrada e intocável; por outro grupo como um depósito a seu dispor, e , portanto, cabível de exploração.O agravamento dos problemas ambientais, fruto do paradigma reducionista, da percepção ambiental inadequada e do modelo de desenvolvimento econômico desencadeou debates internacionais e nacionais impulsionando novos debates e medidas, o que motivou um processo de qualificação profissional, visando a elaboração de instrumentos de intervenção, e conhecimentos importantes quando da tomada de decisão .Os recursos ambientais são dinâmicos, expandem-se e contraem-se em resposta aos desejos e ações do ser humano, as condições tecnológicas, econômicas e políticas, o que não significa que estes sejam inesgotáveis, até mesmo porque a intensidade e a velocidade da pressão antrópica, limita este dinamismo.
A gestão ambiental centra-se principalmente, nos recursos e pressupõe escolher entre alternativas, que não seja somente tecnológicas e criar as condições para que aconteça o que se pretende que aconteça, a sustentabilidade ambiental. Pressupõe conhecimento da realidade, planejamento e aplicação de estratégias, assim como, acompanhamento, no sentido de realizar a avaliação constante e permitir a participação do grupo envolvido.
Mas, afinal se a gestão ambiental tem como um dos princípios o desenvolvimento sustentável, qual o seu significado?
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu na década de 1970, com a denominação de ecodesenvolvimento, num contexto de controvérsias sobre as relações entre crescimento econômico e meio ambiente, acentuada devido a publicação do Relatório do Clube de Roma, o qual pregava o crescimento como forma de evitar a catástrofe ambiental.
A idéia do desenvolvimento sustentável vem sendo utilizada como portadora de um novo projeto para a sociedade, capaz de garantir no presente e no futuro, a sobrevivência dos recursos naturais e dos grupos sociais e tem como base o reconhecimento da inadequação econômica, social e ambiental do padrão de desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Essa noção nasce da compreensão da finitude dos recursos naturais e das injustiças sociais, provocadas pelo modelo de desenvolvimento vigente na maioria dos países.
Adotar o princípio de precaução e a sustentabilidade ambiental significa impulsionar mudanças e adotar atitudes precavidas, sustentáveis. Todavia, o alcance destes objetivos, só será possível por meio de um processo contínuo e permanente de Educação Ambiental, uma vez que este constitui um processo educativo que ocorre a partir da realidade ambiental, buscando a construção de conhecimento, compreensão das leis naturais, mudanças de percepção e de valores, soluções e ações sustentáveis.
Infelizmente a gestão ambiental praticada em nosso país tem mais um caráter curativo e corretivo, em detrimento de ações preventivas, cujos impactos e manifestam em todos os setores e em todas as instâncias de administração e não prioriza a participação dos diversos segmentos sociais.
Conceitos relativos à gestão ambiental têm evoluído, à medida que aumenta o conhecimento e a compreensão das leis naturais, no entanto, o consenso entre os pesquisadores e pesquisadoras centraliza-se na administração dos recursos ambientais, visando alcançar a preservação e/ou conservação. A gestão ambiental deve favorecer transformações no cenário mundial - o qual está constituído da falência de vários sistemas - no sentido de proporcionar a sustentabilidade ambiental, a qual requer novos olhares, pensamentos e ações.