O Comitê de Logística da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) prepara levantamento, que deverá ser debatido em junho próximo, sobre a situação atual da logística nacional, identificando os gargalos e propondo soluções para os problemas. A informação é do presidente do comitê, Renato Casali Pavan, acrescentando que a proposta e discutir essa análise com outros setores da economia, como a parte industrial ligada ao agronegócio. “A ideia é levar esse documento como uma posição de todo o setor e buscar a parceria com os governos estaduais e federal.”
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Segundo ele, a união dos ministérios da Agricultura, Portos e dos Transportes é bem-vinda, mas não resolve o problema da competitividade, “que só é alcançada com o uso dos modais de menor custo e poluentes”. Por isso, critica a falta de decisão política de investir em hidrovia e ferrovia. “O Brasil investe em logística apenas 0,5% do PIB, enquanto a China, Índia, Rússia e outros de 3 a 5%”, constata.
Pavan informa que a perda do agronegócio com a logística pouco eficiente e eficaz chega a 10% da safra, sendo 5% na colheita por não ter o armazém na propriedade, colhe mais seco ocasionando essa perda, 2% pela perda da qualidade porque fica na fila das cooperativas, indústrias e armazéns gerais fermentando e outros 3% pelo pagamento a maior pelo transporte pela alta demanda por caminhão no período da colheita. “No período da bonança ninguém se preocupava com isso, mais agora 10% faz falta”, observa. Ele explica que o Banco do Brasil está financiando armazém com valores altamente subsidiado. “Com o preço médio da soja e do milho da ordem de R$ 700,00 por tonelada, para uma safra de 200 milhões grosso modo a perda é da ordem de R$ 14 bilhões por ano.”