No quarto dia da greve dos caminhoneiros que está, aos poucos, paralisando o território brasileiro, barcos pesqueiros aderiram ao movimento ao menos nos portos de Santos, em São Paulo, e Itajaí, em Santa Catarina. O protesto tem origem nos sucessivos aumentos dos combustíveis no País e agrava a distribuição e comercialização de pescados.
Em Santos, a Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, responsável pela travessia de balsas entre a cidade portuária e o município do Guarujá, informou que as operações foram paralisadas em torno das 15h30 desta quinta-feira (24) devido a um bloqueio realizado por barcos pesqueiros no canal de acesso ao porto mais importante do Brasil. Como consequência, os grandes navios de carga ficaram impedidos de realizar as operações de atracação e desatracação. Embarcações da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo e da Polícia Federal foram enviadas ao local para tentar liberar o canal de navegação.
Atualização: o tráfego de navios e a travessia de balsas foram liberados cerca de uma hora depois, às 16h35 (horário de Brasília)
Em Itajaí, o bloqueio teve início já pelo período da manhã. O Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) protesta contra o fato dos profissionais da categoria necessitarem pescar em média três quilos de peixe para pagar um litro de diesel.