Com o veloz desenvolvimento da tecnologia, a Logística 4.0 é a nova ordem mundial para garantir competitividade no comércio internacional. Empregos e serviços estão se transformando rapidamente, tornando obsoletos os conhecimentos considerados fundamentais no passado. A secretária-executiva do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Yana Dumaresq Sobral, fez importante observação durante o 9º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv), em São Paulo, ao comentar que o setor de serviços é fundamental para dinamizar a economia brasileira. Ela ressaltou que a atividade de serviços é responsável por 67% das vagas formais de trabalho no País, além de contribuir para a competitividade nos demais setores da economia. "Os serviços agregados, altamente tecnológicos, podem proporcionar um salto de produtividade e de competitividade que revolucionará a economia. Novos modelos de negócios vão surgir para fazer frente a essa nova realidade, tornando o setor muito mais dinâmico". Yana alertou, entretanto, que os países mais desenvolvidos continuarão a ser os maiores exportadores de serviços em todos os segmentos, exceto na área de construção, e que o Brasil precisa ampliar sua participação em cadeias globais de valor.
Xadrez político - A intenção do presidente norte-americano Donald Trump de reduzir o superávit favorável à China no comércio de mercadorias e serviços entre as duas nações pode implantar uma política protecionista que irá bagunçar a economia mundial. As lideranças de ambos países garantem que o adversário tem mais a perder, mas uma possível guerra comercial, com a adoção de taxas anti-importações, poderá prejudicar outros territórios, como o Brasil. De acordo com o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, durante a abertura do 9º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv), o Brasil precisa incrementar a exportação de serviços, atividade que garante maior valor agregado e responde hoje por 73% do PIB brasileiro, embora apenas 25% desse total seja resultado da exportação. "É necessário que o País faça reformas estruturais para que não esteja fadado a ser um exportador de commodities".