A redução de apenas 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, nesta semana, para 13,75% ao ano, frustrou as expectativas da indústria. “Num momento em que o setor produtivo passa por uma das maiores crises da história recente, uma redução tão tímida é decepcionante. A medida não ajuda na retomada da atividade econômica e mostra total descompasso com o grave momento por que passa o País”, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, lembrando que os juros altos inibem o consumo e os investimentos, fundamentais para a volta do crescimento.
“A taxa elevada de juros é um balde de água fria na confiança do setor empresarial, que depende também das reformas estruturais prometidas pelo governo para poder retomar a produção e desengavetar projetos de investimento”, diz Côrte, citando os indicadores econômicos de 2016 para manifestar seu inconformismo com a decisão do Banco Central.
Santa Catarina acumula queda de praticamente 11% nas vendas industriais até outubro, enquanto a produção caiu mais de 4%, até setembro. “Os dados nacionais são ainda piores e é importante observar que esta forte redução se dá na comparação com os já deprimidos dados de 2015”, finaliza Côrte.